Os nomes que me chamaram
Voz às Escolas
2012-01-09 às 06h00
Portugal tem pouca tradição no ensino da música, principalmente música erudita que exige formação musical de qualidade.
Todos sabemos que as artes, de uma maneira geral, são elementos indispensáveis no desenvolvimento da expressão pessoal, social e cultural dos alunos. A vivência artística influencia o modo como se aprende, como se comunica, como se constrói a identidade pessoal e como se interpretam os significados da vida quotidiana e da história sociocultural.
A música, por exemplo, é um elemento importante na construção de outros olhares e sentidos, porque articula imaginação, razão e emoção, configurando maior densidade ao ambiente e à comunidade onde se desenvolve.
Por esta razão, a procura do ensino da música de forma sistemática, com fins de formação geral, tem aumentado na nossa cidade. O ensino artístico integrado ou articulado é o melhor caminho para os alunos obterem resultados com um mínimo de excelência (ou pelo menos de relevância) técnica e artística, sem comprometerem a escolha vocacional futura.
Os pais e encarregados de educação dizem que as principais razões e motivação para colocar os seus educandos no ensino articulado estão na importância que atribuem à aprendizagem da música como pilar estruturante de uma formação/educação geral, independentemente da opção vocacional dos seus filhos. A pertinência do desenvolvimento de uma boa formação integral justifica a inclusão nos projetos educativos das escolas da promoção do gosto pela música erudita e no reforço da importância da música como património pessoal e cultural.
No caso da escola André Soares, o ensino articulado da música, decorre de um protocolo existente entre esta escola e a vizinha e conceituada companhia da música da Fundação Bomfim. Estas duas instituições articulam-se entre si, de forma a não sobrecarregar a carga horária dos alunos, num plano de estudos especificamente adaptado, em que as disciplinas da escola artística são integradas na matriz curricular da escola André Soares.
O ensino articulado é comparticipado pelo Estado, permitindo aos alunos a frequência, em simultâneo, de disciplinas de formação geral, no 2.º e 3.º ciclo da escola André Soares e disciplinas de formação vocacional na companhia da música. Frequentam a escola neste regime vários alunos do 3.º ciclo e duas turmas do 2.º ciclo, uma de 5.º ano e outra de 6º ano que têm maioritariamente, por falta de espaço e de condições na escola, a sua carga letiva na companhia da música, onde se deslocam os docentes das disciplinas do currículo regular do ensino básico.
As turmas do ensino articulado apresentam resultados de sucesso. Os alunos têm um comportamento exemplar, o aproveitamento escolar acima da média e possuem um amplo desenvolvimento de competências e conhecimentos.
As possibilidades educativas, as experiências artísticas e estéticas e as competências musicais específicas, mais do que um mero complemento ou suplemento à educação escolar representam uma matriz de aprendizagens significativas com evi- dentes vantagens na consolidação das trajetórias escolares e profissionais desses alunos.
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