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O desafio estará somente no envelhecimento?

Mais ação e dedicação pela saúde dos portugueses

O desafio estará somente no envelhecimento?

Escreve quem sabe

2021-12-09 às 06h00

Marta Sousa Marta Sousa

Um estudo realizado por um professor universitário de geriatria em Edimburgo, com células musculares conclui que a perda da força se deve mais à inatividade do que ao envelhecimento. Estes resultados fazem-me refletir nas diversas vezes que justificamos que a deterioração da saúde se deve ao envelhecimento, em vez de refletirmos, mais amplamente, sobre os diversos fatores que podem estar associados ao estado de saúde da população mais velha. De facto, o século XX, e agora o século XXI, são marcados por um estilo de vida menos ativo com a utilização, por exemplo, do automóvel. Ao longo dos anos esta inatividade, naturalmente, terá implicações em diversos aspetos do funcionamento físico. A questão que se coloca é se o conselho que se deve dar, já na velhice, será de “ir com calma”, contribuindo para que a própria geração mais velha crie os seus próprios estereótipos e receios associados à sua idade, ou se deveremos estimular ainda mais a boa forma física.

Assim como quando olhamos para a alimentação e para o excesso de peso, fatores determinantes no surgimento de patologias! Estas doenças são associa- das ao envelhecimento ou uma consequência do estilo de vida que adotamos ao longo dos anos?
A boa notícia é que vamos a tempo da mudança! Para quem está nos seus 30, 40, 50 ou 60 anos, a adoção de uma alimentação saudável e lutar contra a inatividade, podem contribuir, em larga medida, para a qualidade do seu envelhecimento.
Para quem está nos seus 70 ou 80 anos, acredite que a sua força de vontade em mudar hábitos de vida é determinante para a sua qualidade de vida atual.

Para ficar mais motivado para a mudança, realço que o estado emocional (como depressões, ansiedade, entre outros) está também associado às nossas escolhas, pelo que está nas mãos de cada um de nós o nosso bem-estar.
A polimedicacão, tão preocupante na população mais velha, é o espelho de intervenções remediativas. Administrar medicação para diabetes, por exemplo, não vai solucionar o pro- blema. Mas se decidir fazer a manutenção da sua saúde, através da escolha do que vai comer e dos exercícios físicos que vai realizar, garantidamente pode criar as condições necessárias para evitar essa medicação.
Como seres humanos, o que nos levou a este caminho de escolhas? Das soluções rápidas (ou seja, remediativas) em vez das soluções que nos desafiam e nos fazem bem (ou seja, as preventivas)!
A nível macro podem ser definidas várias medidas e políticas públicas de prevenção. Mas só terão efeito se, a nível micro, cada pessoa tomar a iniciativa de controlar e escolher que estilo de vida que quer ter.

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