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O colapso no envelhecimento

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O colapso no envelhecimento

Escreve quem sabe

2023-06-09 às 06h00

Marta Sousa Marta Sousa

Recentemente foram divulgados números alarmantes relativamente aos internamentos nos hospitais: internamentos sociais no SNS crescem 60%, calculado em mais de 226 milhões.
Este aumento é justificado pelos atrasos na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI), como na admissão para Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas (ERPI). As vagas sociais nestas respostas não existem e as listas de espera são reveladoras de uma necessidade urgente de intervenção por parte do Estado, nomeadamente da Segurança Social!
Como sabemos, a esperança média de vida tende a aumentar abruptamente e o colapso na área do envelhecimento é cada vez mais ameaçador.

De facto, o investimento nesta área é inevitável, o qual o Estado tem vindo a adiar ao longo dos anos. É um dever cívico - enquanto parte integrante da sociedade portuguesa - exigir a melhoria das condições em que envelhecemos neste país. Sendo uma necessidade passada, presente e claramente futura.
O estilo de vida atual dos portugueses reflete uma sobrecarga com aquilo que são as responsabilidades profissionais e familiares, escasseando a disponibilidade de tempo e recursos para assegurar a retaguarda em situações de maior dependência de familiares mais velhos. A par desta lacuna, verificamos um crescente número de quadros demenciais cada vez mais precoces. Esta questão acarreta desafios múltiplos e complexos e a necessidade de respostas sociais específicas, que respondam às reais necessidades tanto da pessoa com demência como dos seus cuidadores informais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2022), existem mais de 50 milhões de pessoas no mundo com demência, podendo chegar a 139 milhões até 2050.

Ou seja, se hoje verificamos um aumento de internamentos em 60%, justificado pela falta de vagas em ERPIs e RNCCI, se nada for feito o futuro revela-se preocupante.
É necessário investir em serviços para esta população e, claro, em profissionais especializados no envelhecimento, como é o caso do Gerontólogo.
Uma nota importante para reflexão: as pessoas mais velhas de hoje não são as mesmas de ontem nem serão as mesmas de amanhã.
Os serviços devem acompanhar esta evolução e olhar para a pessoa como um ser individual e com necessidades e expectativas que devem ser respondidas com intervenções adaptadas e atuais.

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