‘Prontidão 2030’ vs. uma ‘potência Disney’
Escreve quem sabe
2025-02-07 às 06h00
1985 foi um ano muito importante para os movimentos juvenis por causa do Ano Internacional da Juventude (AIJ-85) e pelo nascimento do Conselho Nacional da Juventude (CNJ).
Passados 40 anos, podemos ver que o CNJ surgiu pelas dinâmicas que o AIJ-85 criou e que despertaram a necessidade de criação deste órgão em Portugal. Tive a rara oportunidade de estar no “centro do furacão” das comemorações que o CNE desenvolveu. Na altura a Junta Central transferiu para a Divisão Pedagógica Nacional toda a atividade do AIJ-85, tutelada pelo Secretário Nacional Pedagógico, tendo este nomeado uma equipa de caminheiros (jovens dos 18 aos 23 anos), e foi esta meia dúzia de jovens que comigo desenvolveram e dinamizaram ações de nível nacional e apoiaram as 20 regiões a desenvolverem as suas próprias atividades. Estas dinâmicas de comemoração de um ano dedicado à juventude, fizeram ressuscitar a vontade de criação do CNJ.
“A adesão de Portugal ao Conselho da Europa em 1976 permitiu estabelecer relações informais com organismos europeus que integravam as diferentes organizações de juventude no contexto da Europa Ocidental. Confrontados com esta realidade tomamos consciência que não havia em Portugal um espaço ou uma instituição que representasse os movimentos juvenis portugueses. Como consequência desta realidade foi lançado em Portugal, em 1977, um convite para que se iniciasse um processo de criação do Conselho Nacional de Juventude. Este primeiro impulso veio a morrer em 1978. Em 1982 a ideia foi retomada podendo detetar-se que este processo se desenvolveria em três fases.
A primeira, desde o dia 3 de junho de 1982 até 27 de janeiro de 1983, data da assinatura do documento conhecido por «Bases Gerais» que constituía a plataforma comum onde se estabeleceram os princípios que deviam nortear a constituição do CNJ.
Subscreveram as Bases Gerais as seguintes instituições: JS, JC, JCP, JM, DJ, UGT, CGTP, JUEP, CNE, AGP, JOC, AT, JARC e MEC, posteriormente, no dia 9 de fevereiro de 1983 aderiram também: ACM, AEP e AFS, no dia 5 de dezembro de 1983 aderiu a JSD, no dia 12 de fevereiro de 1984 aderiu a AJAP e o CIGD, a 24 de maio de 1984 a OMJ e a 26 de junho de 1984 foi a vez da APCC.
Na segunda fase que decorreu entre a assinatura das «Bases Gerais» e 11 de abril de 1985, procedeu-se à discussão e aprovação dos Estatutos. Vieram a notificar os estatutos e a solicitar a adesão ao CNJ as seguintes organizações: ACM, AEP, AGP, AJAP, APCC, AT, CNE, IFL, JC, JM, JOC JS, JSD, MEC E UGT.
A partir deste momento deu-se início à terceira fase, na qual se elaborou o regimento da Assembleia Geral do CNJ, se procedeu à assembleia geral constituinte, verificação de requisitos por parte das organizações da juventude e eleição dos órgãos do CNJ.
Assim, na quarta sessão da Assembleia Geral constitutiva, realizada no dia 3 de agosto, efetuaram-se as referidas eleições que ditaram os seguintes resultados:
Mesa da Assembleia Geral: Presidente • Carlos Coelho (JSD), Vice-Presidente • Luís Ferreira (JM) e Secretária • Fernanda Gouveia APCC).
Secretariado Executivo: António José Seguro (PS), António Conde (AEP), Luís Monteiro (JSD), Fernando Calado Lopes (CNE), Margarida Novo (JC), Sandra Sousa (I) e Edgar Brás (ACM).
Conselho Fiscal: Presidente • António Elói (AT), Vogais • José Manuel Oliveira (AJC) e Pedro Soeiro (MAC).
Foram ainda declaradas Organizações Membros do Conselho Nacional de Juventude (por ordem alfabética): ACM • Associação Cristã da Mocidade; AEP • Associação dos Escoteiros de Portugal; AGP • Associação Guias de Portugal; AJAP • Associação dos Jovens Agricultores de Portugal; APCC • Associação para a Promoção Cultural da Criança; AT • Amigos da Terra; CNE • Corpo Nacional de Escutas; I • Intercultura (ex-AFS); IFL • International Friendship League (exOMJ); JC • Juventude Centrista; JM • Juventude Monárquica; JOC • Juventude Operária Católica; JS • Juventude Socialista; JSD Juventude Social Democrata; MCE • Movimento Católico de Estudantes e DJ-UGT • Departamento de Juventude da UGT.”1
1Fonte: Flor de Lis, do Corpo Nacional de Escutas.
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