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O clima sócios-económico do país

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O clima sócios-económico do país

Ideias

2024-09-13 às 06h00

J.A. Oliveira Rocha J.A. Oliveira Rocha

Esperavam muitos que com este governo tudo mudasse para melhor. Mas, nada mudou, ou, melhor, tudo piorou. Os problemas arrastam-se, sem solução à vista. O caso mais paradigmático é o da saúde. A ministra anunciou um programa de 50 medidas, mas somente duas delas foram implementadas e, mesmo estas estão a caminho do fracasso.
A única política consiste em passar cheques aos setores reivindicativos, sem preocupação com as consequências. As finanças públicas afundam-se, mas o governo pensa que, desta forma, conquistará o centro político e ganhará as próximas eleições. E, depois aplicará as medidas que tem em carteira e irá buscar a Passos Coelho.
Mas, apesar do marketing político e da propaganda, existem indicadores que indiciam que o país se arrasta para pior. Até o Presidente da República, artífice número um desta barafunda se mostra preocupado e apela ao voto no próximo orçamento.
Mas, como disse, existem indicadores que indiciam que a derrocada pode estar mais próxima e que o clima político-social se está a deteriorar.
Refiro-me, em primeiro lugar, ao assalto ao Ministério da Administração Interna, de onde desapareceram vários computadores, presumo que com informação relevante, pois se trata do ministério das polícias. O assaltante terá sido preso, mas os computadores desapareceram. É caricata esta situação.
A acrescer a este roubo dos computadores, ocorreu uma fuga de cinco criminosos de uma cadeia de alta segurança. A ocorrência é caricata e conta-se em poucas palavras. A meio da manhã, cinco perigosos reclusos saltaram os muros da prisão, usando escadas, tendo desaparecido. Somente mais de uma hora depois, o sistema detetou a fuga. Este caso tem sido comentado na imprensa internacional, caricaturando-se o governo português pelo sucedido.
Os disparates deste governo alastram a outros setores e não apenas à saúde. Toda a gente sabe que se a procura aumenta, mantendo-se constante a oferta, os preços sobem. Foi o que aconteceu com os incentivos à compra de casa por parte de menores de 35 anos. Os jornais anunciaram há dias que os preços das casas, bem como as rendas, como não poderia deixar de acontecer.
Esta política é o resultado do cruzamento da incompetência com a propaganda.
E, como se isto não bastasse foi publicado há oito dias um Relatório da IGF (Inspeção Geral das Finanças) em que se analisa a venda da TAP em 2015, efetuada pelo governo de gestão de Passos Coelho. Como refere Manuel Carvalho no Público, de 5 de setembro, o estado português foi vigarizado, fazendo papel de otário. Em síntese, a TAP foi comprada por um habilidoso com dinheiro da própria TAP. Como presumíveis responsáveis temos Maria Luís Albuquerque, à data Ministra das Finanças e recém proposta para Comissária Europeia e Miguel Pinto Luz, atual Ministro das Infraestruturas, qual o também lidera a nova privatização. Se não há competência, haja, pelo menos decência.
Eu não sei como isto vai terminar, mas, de certeza que bem não vai ser.

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