Liberdade, não te ausentes de mim!
Ideias
2023-03-11 às 06h00
Há quem ande com a cabeça no ar. Há quem tenha ar de ser boa pessoa. Outros há que assobiam para o ar. Os mais antigos dizem que se vê na aragem quem vai na carruagem. Às vezes, vai tudo pelos ares e, quando não se sabe algo ao certo, atira-se ao… ar! Há muitas e variadas interpretações sobre o ar. Na verdade, porém, o ar não é relevado com a importância que merece.
Dentro de dias, num mês com ar mais primaveril, comemora-se o Dia da Árvore - a planta que desempenha um dos papéis mais importantes na produção de oxigénio. Nestas coisas de alterações climáticas, além das quantidades de água e da qualidade do solo, também se deve ter em conta a variável do ar e a sua poluição atmosférica.
Esta semana, foi publicado um estudo onde se lê que praticamente nenhum lugar da Terra está livre de poluição do ar. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), apenas 0,18% da superfície terrestre e 0,001% da população mundial vive em níveis de poluição considerados seguros.
Este trabalho, o primeiro a medir as partículas de poluição PM2.5 no mundo, revela que, nos últimos 20 anos, a Europa e a América do Norte reduziram os seus níveis de poluição do ar, enquanto na Ásia, Austrália, Nova Zelândia, América Latina e Caraíbas verificou-se um aumento. Durante décadas, a falta de estações de controlo da poluição do ar impossibilitou o conhecimento destes dados para a saúde ambiental.
O estudo também mostra diferentes padrões sazonais, como níveis mais baixos de poluição no nordeste da China e norte da Índia durante os meses de inverno (dezembro, janeiro e fevereiro) e níveis mais altos de PM2.5 nas áreas do norte da América durante os meses de verão (junho, julho e agosto).
Com estas informações fornecidas pelo estudo da OMS, os políticos, autoridades de saúde pública e investigadores podem passar a avaliar melhor os efeitos de curto e longo prazo da poluição do ar na saúde e desenvolver estratégias para mitigar tendências. Sabe-se que a poluição do ar é provocada por uma mistura de substâncias químicas, lançadas no ar ou resultantes de reações químicas, que alteram o que seria a constituição natural da atmosfera. Estas substâncias poluentes podem ter maior ou menor impacte no ambiente, consoante a sua composição química e os quantitativos emitidos.
A poluição está diretamente relacionada com a qualidade do ar, que depende das emissões de poluentes e das condições meteorológicas em determinado local. A existência de ventos fortes, a ocorrência de precipitação, as condições de estabilidade atmosférica poderão contribuir para a dispersão dos poluentes ou, pelo contrário, favorecer a sua permanência na baixa atmosfera.
O ar que respiramos parece ser extremamente leve, não é? Mas não é bem assim! O ar é constituído por um elevado número de moléculas e, por menores que sejam, possuem peso. Cientistas dizem que a carga da atmosfera sobre as nossas cabeças é o equivalente ao peso de um carro pequeno.
Afinal, quanto pesa o ar? É mais pesado do que parece. Em condições normais, a uma altura equivalente ao nível do mar, o gás que respiramos pesa 1,3 quilo por metro cúbico. O peso conjunto de todas as moléculas da camada da atmosfera que rodeia a terra é calculado em 5 trilhões de toneladas. Serve o pretexto para dizer que o bom tempo está a aproximar-se e, com o verão, chegará também o calor e os previsíveis incêndios, que vão consumir as nossas florestas e todas as consequências que daí vão resultar para os níveis de CO2. Provavelmente poucos terão noção, mas os estudos científicos dizem que, por dia, ingerimos uma média de 17 quilos de ar! Ele é intuitivo e nem nos apercebemos dele. Até podemos estar dois dias ou três sem comer ou beber, mas fica o desafio de ficarmos 5 minutos sem respirar e veremos (todos) a importância do ar…
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