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Nova normalidade educativa

Poesia e Inovação

Nova normalidade educativa

Voz às Escolas

2020-11-09 às 06h00

Maria da Graça Moura Maria da Graça Moura

A reabertura das escolas foi um dos maiores desafios para a comunidade escolar. Ao medo e dúvidas dos pais, alunos, professores e assistentes operacionais e técnicos, junta-se o sentimento de incerteza e de insegurança face ao aumento exponencial de infetados por COVID19, em todo o país.
Confrontados com um inimigo invisível, vivemos num contexto nunca visto. Um grave problema sanitário, várias entropias nada fáceis de resolver, escolas dia a dia, caso a caso, a superar, a resolver recorrendo a medidas, umas programadas outras imprevistas carecendo de urgente decisão.
Desde junho que se preparou a reabertura do ano letivo, introduzindo mudanças significativas para a receção da nova normalidade: circuitos de entrada e saída dos alunos; turnos alternados para desfasar horários; ‘bolhas’ de alunos para não se misturarem; turmas separadas nos recreios e corredores; reorganização do espaço; salas arejadas; mesas e as cadeiras higienizadas após cada utilização e o serviço take-away nos refeitórios. Pavilhão, cantinas, bibliotecas, sala de informática e outros espaços comuns passaram a ter regras mais apertadas.

Grande preocupação a escassez de assistentes, atualmente minimizada pela intervenção da Autarquia, colocando mais elementos.
O trabalho triplicou, há uma multiplicação de tarefas de higienização e limpeza, em horários mais alargados. Máscaras e muito desinfetante passaram a fazer parte do novo dia a dia dos alunos, professores e assistentes. É proibida a partilha de objetos, material escolar e alimentos, os alunos não estão autorizados a levar para a escola quaisquer objetos que não sejam imprescindíveis ao estudo. Por tudo isto, os primeiros dias de aula foram muito importantes em termos de cidadania e de comportamentos responsáveis, uma vez que as novas regras e rotinas foram, e continuam a ser, ensinadas.
Nesta fase crucial, em que imperam sentimentos de angústia, receios, dúvidas e incertezas, a relação com os encarregados de educação é fundamental para se estabelecer uma confiança mútua.
Os pais precisam de acreditar que a escola é o lugar onde professores, assistentes e alunos funcionam como uma grande família.

Foi grande a alegria do reencontro no início deste ano. Mas quase nem dá para perceber, a máscara esconde o rosto, as expressões, o sorriso.
Não há abraços nem beijos, só distância física e turmas separadas nos recreios e corredores e tantas outras restrições que têm de ser cumpridas.
Para desagrado de todos, o convívio social, que é uma forma natural de extravasar e equilibrar as emoções, está completamente desaconselhado pois, face à situação atual, não podemos relaxar no cumprimento de regras. Todos temos de fazer a nossa parte, incluindo os alunos, de modo a vivermos o dia-a-dia com uma tranquilidade responsável.
A escola não pode fechar porque é um espaço multifuncional onde a função assistencial, muitas vezes, se sobrepõe à educativa.
Conciliar a segurança física com a segurança emocional é uma gigante tarefa, mas é importante que não se perca de vista.
A bem das crianças. A bem de todos nós.

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