Correio do Minho

Braga, terça-feira

- +

Nomofobia – uma doença do século XXI

A responsabilidade de todos

Banner publicidade
Nomofobia – uma doença do século XXI

Voz à Saúde

2022-04-19 às 06h00

Ricardo Pinto Ricardo Pinto

Vivemos numa época em que a maioria das pessoas não consegue estar sem smartphones e sabemos que os utilizamos em todo o lado. Sentimos uma forte necessidade de acompanhar o que está a acontecer noutros locais ou com outras pessoas e temos sempre uma desculpa para ter o nosso telemóvel por perto. Tal comportamento não indica necessariamente que alguém está obcecado, afinal, os smartphones tornam as nossas vidas muito mais fáceis.
O problema começa, no entanto, quando entramos em pânico sem um telemóvel e sentimos que tudo o que fazemos gira em torno dele. Concretamente falando, é um vício e afeta negativamente as nossas vidas, especialmente a longo prazo. ‘Nomofobia’ define-se como o receio de estar sem o telemóvel e é uma forma relativamente nova de perturbação de ansiedade.
Quais são os critérios para uma pessoa com nomofobia?
- São obcecados pelos seus telemóveis e têm-nos o dia todo. Tendem a estar on-line constantemente e começam a favorecer os relacionamentos on-line em detrimento dos off-line;
- Como a maioria dos vícios, usar o telemóvel torna-se mais importante do que a própria saúde, os relacionamentos, encontrar amigos e familiares ou até mesmo focar no trabalho. Torna-se prioritário na vida da pessoa;
- O medo de uma bateria descarregada e de não poder carregá-la, principalmente quando a pessoa não está em casa, é outro sintoma típico. Um viciado sentir-se-ia frustrado, stressado ou ansioso sem um carregador e tomada;
- Cada ação é determinada, de alguma forma, pela posse de um telemóvel (por exemplo, um viciado usa mesmo durante as compras ou no ginásio);
- Compulsivamente verifica as redes sociais;
- Fica irritado/reativo quando os dados móveis terminam ou pela necessidade de permanecer em locais que não possuam conexão wi-fi;
- Pessoas nomofóbicas tendem a dormir com o telemóvel ao lado, verificando compulsivamente as notificações.
E quais são os efeitos da nomofobia? Com a nomofobia, a falta do telemóvel causa sintomas semelhantes à neurose clássica: angústia, aumento da pressão arterial, palpitações, mãos trêmulas, intensificação de sensações de pânico ou falta de ar. Estes são sinais de stresse que, quando experimentados, fazem com que a pessoa verifique o seu telemóvel o mais rápido possível.
Como se pode prevenir a nomofobia? Primeiramente, responda às seguintes questões: O seu telemóvel domina a sua vida? Desliga-o nos feriados ou à noite? Leva o telemóvel para a casa de banho ou outros locais não usuais? Com que frequência verifica o ecrã? Estas perguntas auxiliam a distanciar e analisar o impacto que o telemóvel tem no dia a dia, não querendo dizer que há algo de errado em dar uso às infinitas possibilidades que os nossos telemóveis nos oferecem. No entanto, se o uso começa a afetar os relacionamentos, saúde física ou mental, talvez seja tempo de fazer uma pausa, tentando definir algumas ‘zonas livres’, como a casa de banho e desligar o telemóvel antes de ir dormir. Lembre-se de que, com o tempo, alguns maus hábitos podem evoluir para outros distúrbios mais graves. Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua saúde!

Deixa o teu comentário

Usamos cookies para melhorar a experiência de navegação no nosso website. Ao continuar está a aceitar a política de cookies.

Registe-se ou faça login Seta perfil

Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.




A 1ª página é sua personalize-a Seta menu

Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.

Continuará a ver as manchetes com maior destaque.

Bem-vindo ao Correio do Minho
Permita anúncios no nosso website

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios.
Utilizamos a publicidade para ajudar a financiar o nosso website.

Permitir anúncios na Antena Minho