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Morbosidades e democracia

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Morbosidades e democracia

Ideias

2020-05-02 às 06h00

Borges de Pinho Borges de Pinho

De algumas figuras e outras”figurinhas”, mais apropriadas e ajustadas a certas revistas, folhas de lazer e coletâneas de anedotas do que ao lugar e função que ocupam, mesmo na política, que ainda se queria ter por séria e a favor do povo. Com máscaras ou não, ainda que se nos afigure de todo inapropriado e abusivo que máscaras cirúrgicas estejam a ser usadas por deputados e certos políticos, como hoje (20.4) se soube, quando o pessoal da linha da frente no combate à pandemia vem tendo falta de tal material e o povo tem de adquirir para sua defesa as ditas máscaras sanitárias. Certamente é já para se treinarem para o 25 de Abril e 1 de Maio, as “festas” que faltavam na democracia para afugentar “fantasmas”, entrar nas “cabeças duras” e complicar a luta contra o vírus.

“É irritante o ar de mestre-escola salazarento que Ferro Rodrigues exala sempre que algum deputado incomoda as suas ideias” (CM,19.4.20), como escreve Octávio Ribeiro, que aliás acompanhamos de todo mesmo quando o aponta como “um mau exemplo” para os mais jovens se por acaso algum “ainda parasse para ouvir quando se fala de política”, dizendo tão só, e recordando, que quando surge na TV sempre temos o cuidado de afastar os netos e demais crianças da sua imagem. A sua cara, na verdade, talhada num “susto”, podia dar azo a horrendos pesadelos noturnos. Mas é teimoso, e não tem culpa de ser a segunda figura do país, apesar de toda a sua morbosidade, conhecida e desconhecida, devendo até estar confinado, tal como o Marcelo, a primeira figura, não obstante os testes que já lhe fizeram e as morbidades que deixa perceber, devendo por isso ser incluído entre o pessoal do “grupo de risco” (eu aperto-me um pouco para todos lá caberem), deixando para depois da vacina o populismo e o aparecer sempre em público, para até não competir com o Costa. Aliás já lhe basta ser um hipocondríaco assumido para perturbar meio mundo.

Na realidade, para fazer propaganda ao governo será bastante a “Casa da Cristina” (já lá esteve o Costa duas vezes e a Graça Freitas), e há toda “uma corte em alguns media e um exército de “comunicadores nas redes sociais a dispararem em defesa do querido líder e sua política” (Cintra Torres, CM.19.4.20), ainda que se reconhecendo que Marcelo, a quem fazem falta os beijos e as selfies, não quer de modo nenhum ficar atrás do Costa. Daí que, num ombro a ombro, ambos tenham escolhido “a mesma estratégia de comunicação dos populistas Trump, Bolsonaro ou Sanchez” (id.), o que neste tempo de agitação e de imprevistas morbidades, com curvas, picos, planaltos, testes e máscaras, é sempre perigoso, inseguro e aleatório. Como o “patriotismo” vomitado pelo Rio, na vã esperança de se fazer notar e arrancar um lugar num governo de salvação nacional que, pelo que se vê no ataque à pandemia e na distribuição de meios de luta , se irá “cozinhar” com as mesmas panelas, os mesmos painelistas, o mesmo sal e a mesma pimenta dos Centenos e outros, com todas as suas sabidas morbidades.

Integrando o grupo de risco e pertencendo ao naipe dos confinados com a obrigação de lavar as mãos, de não ter contactos, confesso ter medo de ficar “pírulas” de todo, ainda que procure evitar os painéis do SNS, tapar os ouvidos à conversa da Temido (não há quem a cale?), e reduzir ao mínimo a audição de tal programa, apesar de gostar de ouvir e ver as “cambalhotas” da Graça Freitas, e a sua agilidade, apesar da idade e suas morbidades, que de certo também as tem. No início previu que “não há grande probabilidade de chegar um vírus destes a Portugal, “mesmo na China foi contido”, “não há motivo para alarme ou alerta”(CM, 19.4.20), e o que já disse e desdisse quanto a máscaras, porque não as havia, e é de referir ainda o seu desconhecimento quanto ao que se passa no Norte, em Gaia, entre o autarca e o SNS regional do Norte. Mais morbosidades, decerto, mas por amor de Deus não nos obriguem mais a ouvir o Manuel Xavier, o tipo da Saúde Mental que surgiu no painel de 19.4.20, que falou, falou e falou, quase pondo maluco o país inteiro sem nada dizer de importante para a saúde dos ouvintes, aliás afetados pelo confinamento em que se encontram. De momento, diga-se, será preferível ver, ouvir e divertirmo-nos com os dois humoristas de Paredes de Coura : o ministro Tiaguinho da Educação e o último elemento dos “Gatos Fedorentos”. As pseudo piadas, quase sempre sem piada, são de todo inócuas, não fazendo mal a ninguém.

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