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Mobilidade e o “vaivém” de todos os dias

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Mobilidade e o “vaivém” de todos os dias

Ideias

2025-01-18 às 06h00

Vítor Oliveira Vítor Oliveira

É secular a rivalidade entre Guimarães e Braga. Há muitas diferenças, há muitas semelhanças, há muitas diferenças nas semelhanças e muitas semelhanças na… diferença.
Braga, outrora o mais importante destino de peregrinos na Península Ibérica, tem hoje pouco mais de 190 mil habitantes no seu concelho. Guimarães, Capital Histórica de Portugal e Berço de Nacionalidade, tem cerca de 160 mil pessoas no seu território.
A diferença não é muito expressiva, tendo em conta que a capital de distrito, por inerência do seu estatuto, concentra logo um maior número de serviços da Administração Pública – o que, por essa razão, terá uma maior tendência de radicar um maior número de população residente.

Quando me perguntam quantos habitantes vivem no centro de cada uma das cidades, costumo fazer um exercício simples. 100 mil pessoas, grosso modo, residem no centro de Braga e as restantes (90 mil) em freguesias periféricas, numa área geográfica com 183 quilómetros quadrados e um total de 37 freguesias.
Em Guimarães, o concelho, com 48 freguesias até ontem, sexta-feira, tem uma área geográfica com uma dimensão superior: 240,95 quilómetros quadrados! E, por isso, verifica-se a situação inversa. Aproximadamente, 50/60 mil pessoas vivem no centro da cidade e 100 mil habitantes residem nas freguesias, numa área geográfica maior e mais dispersa.

Isto significa que, previsivelmente, há um enorme fluxo de carros (e de pessoas) que, todos os dias, se deslocam para entrar na cidade de Guimarães onde vão exercer a sua atividade profissional ou tratar de assuntos pessoais.
Vem a análise demográfica a propósito da famigerada Mobilidade, seguramente um dos temas que mais vezes será repetido nos próximos meses de 2025, ano de eleições autárquicas.
Recentemente, no âmbito de uma iniciativa para a pedonalização de ruas centrais, Guimarães realizou dois testes no miolo urbano para avaliar o impacto do tráfego rodoviário na Avenida D. João IV, Alameda de São Dâmaso, Largo do Toural e Rua de Santo António.

Empiricamente, dá para perceber que há três artérias que preferencialmente fazem escoar o trânsito: a Avenida Conde Margaride permite o acesso ao centro da cidade, a Avenida de Londres facilita a saída em direção à autoestrada e a Avenida D. João IV tem um perfil híbrido: os automobilistas entram e saem do centro de Guimarães por essa via.
O diagnóstico é feito em poucas linhas, mas é factual, indesmentível, realista. Posto isto, que se faça o debate público que tem de ser feito, que se analisem perspetivas, projetem cenários, mas que, sobretudo, sejam criadas… soluções! Porque o tema da Mobilidade, hoje em dia, não será apenas emergente em Guimarães.
A urgência tem outra dimensão. Há diferenças, há semelhanças e há escalas (aceitáveis ou não) em função da realidade de cada território. Os cidadãos apenas anseiam por respostas concretas para ultrapassar dificuldades reais.

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