Correio do Minho

Braga, quarta-feira

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«Mercearia política» e ... os sinais dos tempos

António Braga: uma escolha amarrada ao passado

Ideias

2018-03-23 às 06h00

Borges de Pinho Borges de Pinho

Aexpressão não é nossa, mas adequada ao que se vem vendo numa sequência temporal, circunstancial e de conveniência. Começaram a surgir «mortos-vivos» entre toda uma poluição política e uma “maré” de “mercearia de aldeia”, com “produtos” sem procura e de difícil venda a serem “despa- chados” a todo o custo. Fala-se em poluição, sedimentos, dragagem de rios, barragens e albufeiras, aliás um tema recorrente no concreto da situação do país e da política, e há um novo “patriarca” no PSD, Rio de seu nome,e muitos “jogos” de “ideias” e “ciumeira”. Quanto a “vendas”, o governo, “merceeiro” esperto, não se preocupa em repor o stokc, deixa correr o “negócio” e tenta “despachar” os produtos em fim de prazo e “safar” os “monos”, esperando as eleições para abrir a “época dos saldos“, acalmar a “clientela” e aumentar a “freguesia”. Aliás, esgotado e “cansado” com os incêndios, mortes havidas, resíduos, secas e descargas no Tejo, enfrenta agora violentos temporais e a contaminação na bacia hidrográfica do Douro e a exploração de urânio a céu aberto em Espanha.
Mas poluição, sedimentos e detritos são situações a que os políticos nos habituaram, sendo que, em muitos, como em certos rios, não há dragagem que lhes valha pois seus caudais, diminutos e entre fragas, de tão poluídos, já não comportam mais “porcaria”. Matos Fernandes, o de “falação” grossa, nada conseguirá em “conversetas” com Espanha, como no passado recente, embora a limpeza dos sedimentos das albufeiras e barragens, “aumentando” a capacidade de armazenamento e “regulando” caudais, seja uma mais valia em relação a secas e qualidade da água. Isto se o Centeno “esquecer” as “cativações” e se preocupar mais com os problemas do país real, a saúde, a justiça, o ensino, etc.., que pedem profundas reformas, ... mas não “politizadas.”
Porém, falando-se em “políticas de mercearia”, reformas, poluição, sedimentos e dragagens de rios e albufeiras, os sinais dos tempos não são propícios a tais “limpezas” e fim da poluição. Aliás assiste-se a um conveniente “ressuscitar” de certos «mortos-vivos» pulando dos túmulos onde actos e comportamentos os “sepultaram”, e que, pela “mão” de certos media, procuram “compor” e “colorir” atitudes e posições do passado,“acolitando” o governo e esconsos interesses num momento em que figuras, tidas por intocáveis, “esbracejam” na Justiça e a “vassalagem” a Angola campeia e perturba. Isto quando se apresentam como muito incómodas para o governo, políticos e arguidos as persistência, ousadia e coragem da PGR, Rosário Teixeira e Carlos Alexandre, e a tal ponto que o economista Rui Rio, controverso, questionável e vaidoso, sobraçando a “malquista” Fraga e saltando “barreiras”, já ataca o MP e quer reformar a Justiça, quiçá “ajustando-a” à política e seus interesses. Um Rio que o «morto-vivo» P.Monteiro, com quem tivera contactos, diz ser «um homem muito preocupado com a justiça ... com o segredo de justiça».
Sinais dos tempos, e preocupantes, pois “há muita gente ansiosa por parar o relógio dos últimos anos da PGR e reabilitar um tempo passado que julgávamos já ter sido definitivamente condenado”(Luciano Amaral, CM, 5.3.18). E se o “espirro” da Francisca sobre o mandato da PGR foi primeiro passo, Rui Rio “prepara” a mudança e propõe agora a “reforma” da Justiça, com a “bênção” de P.Monteiro, já não no papel de «Rainha da Inglaterra» mas no de pagem, arauto e de “bobo” da actual “corte político-governamental”. P.Monteiro que, em entrevista, adultera a verdade, mostra a realidade de sua deprimente figura, “insulta” magistrados, fala de Sócrates a quem «apreciava o estilo», e afirma, num assomo de “inteligência”, que «foi uma estupidez o eng. Sócrates não ter permitido a divulgação» das escutas destruídas pois não tinham «nada» e não havia «um crime de atentado ao Estado de Direito», “asseverando” ainda que Rangel está «inocente» e Sócrates será uma vítima de «más vontades» do MP. E de Juízes, diga-se, pois tem perdido todos os recursos (salvo o “caído” aos Rangel e Caramelo?!) apesar das “peripécias” legais e “jogos” dos advogados à espera que o tempo “mate” o processo.
Aliás, após paragem longa e “estranha”na Relação para decisão de mero incidente de recusa, o processo desceu para C.Alexandre (ou outro) declarar aberta a instrução, mas o fim só ... daqui a muitos anos!... Com uma Justiça assente em truques, esquemas e malabarismos dispersos pela “mercearia de leis” ao dispor duma advocacia “esperta” e de magistrados “enredados” em “vírgulas” de inteligência, é normal haver processos “parados” e em “arcas frigoríficas”. Aliás numa justiça “explorada”e “perturbada”por advogados rabinos e magistrados prenhes de dúvidas e perros nas leis, até é compreensível falar-se em “poluição”,“toupeiras” e “fugas ao segredo de justiça”, mas não há “dragagens” e medidas que a “limpem” quando o governo, políticos, Rio e outros, “incomodados” pelo MP e acção da PGR, intentam “espartilhar” a Justiça e “emparedá-la” em leis, estatutos e figuras “simpáticas” para com o poder. Que não “faça ondas”... e não “moleste” os intocáveis e os senhores do dinheiro.

P.S. Um Sócrates, palestrante no ciclo “Economia Hoje, Futuro Amanhã” a convite de estudantes da Faculdade de Economia de Coimbra, é sintomático!... Os «mortos-vivos» estão a ressuscitar!... (CM,20.3.18).

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