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Menos é mais

‘Prontidão 2030’ vs. uma ‘potência Disney’

Menos é mais

Escreve quem sabe

2024-07-14 às 06h00

Joana Silva Joana Silva

Já ouviu a expressão “menos é mais.”? Ou já foi aconselhado/a que não deve “ser um livro aberto” em relação à sua vida? Ambas as expressões fazem sentido. Suponha a seguinte situação que poder-se-á ter passado consigo, ou com alguém de quem goste muito ou sente apreço. Já aconteceu preocupar-se muito com determinada pessoa e na “Hora H” quando também, o leitor/a precisa, no o/a considerou como prioridade? Já sentiu que se “desdobrou” para ajudar, e essa mesma pessoa, não valorizou o seu esforço e até para seu espanto, reconhece mais valor a quem nunca fez nada pelo/a mesmo/a ou até “não lhe liga nenhuma” (expressão popular)? Para haver uma relação familiar, amizade, profissional, social é necessária conexão com outra pessoa. Essa conexão é regulada por ambas as partes, em que para o equilíbrio da mesma, há cedências de ambas as partes. Isto porque nem tudo pode ser “ao gosto e jeito” de uma só parte. Muitas relações terminam porque uma das partes se incompatibiliza, ou porque se percebe que um dos lados é mais favorecido comparativamente com o outro lado. Por vezes, permanecem pessoas ao longo da vida, que nada acrescentam apenas tiram. E porque se permite? A resposta muitas vezes, está “diante dos olhos”, mas não se deseja ver. Insegurança, solidão, carência afetiva etc. Uma observação mais atenta de quem está em conexão connosco, consegue perceber medos, inseguranças e baixa autoestima através das atitudes quer pela partilha das vicissitudes da vida. Exemplificando. Pense, quantas vezes procurou alguém (atitude) para reconhecer um erro que não foi seu, mas da pessoa a quem se dirigiu para pedir desculpa?!Quantas vezes, confidenciou uma mágoa sua, porque sentia que tinha a necessidade de desabafar, e essa pessoa desvalorizou ou até mais tarde relembrou-lhe “com todas as letras e virgulas” numa intenção negativa essa situação no sentido de o/a magoar? Por norma, estas situações acontecem porque o lado tido como “mais forte” da relação, acaba por “sentir” que o lado “mais frágil” está de certa forma “seguro”. Neste sentido, aquele/a que mostra mais disponibilidade , isto é, o prontificar em ajudar, nem sempre lhe é dado o devido valor e os que não se mostram tão disponíveis e até tem uma postura mais distantes e mais fria, tendem a ter maior reconhecimento e credibilidade. Como gerir uma relação em que um dos lados é visivelmente lesado? Em primeiro lugar, e voltando ao inico deste texto, com as expressões “Menos é mais.”, e “Não seja um livro aberto”, não exponha a sua vida. Não fale detalhes, seja um enigma. Permita que as outras pessoas, com as quais se relaciona sintam a curiosidade de o/a conhecer verdadeiramente através da sua companhia (como são as rotinas da sua vida, o que gosta etc.) e pelo que você não diz. Certãmente que irá escutar, “Ele/a nunca fala da vida dele/a.”, mas saiba que está a proteger-se. Em segundo lugar, não dê muitas justificações. Fale uma vez e única. Quem se “perde” a dar muitas explicações “faz passar” a imagem de pessoa insegura. Pessoas seguras de si, conseguem o respeito de pessoas que o escutam e observam. Mesmo que sejam deselegantes consigo, nunca fale mal de ninguém. Não há nada pior, que o poder do silencio perante alguém que foi incorreto consigo. O silencio dói. Só há discussão quando existem pelo menos duas pessoas, se houver só uma pessoa, não há conflito. E há situações em que o desgaste não vale a pena. Vire a página. Por ultimo, também o excesso de “amiguismo” não é saudável. Não se prejudique ou se lese para ajudar outras pessoas. Faça o que estiver ao seu alcance sem se negligenciar a si próprio/a.
Em jeito de conclusão, lembre-se que, aquele/a de quem nada se sabe, é aquele/a a quem se deseja ter por perto.

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