Os nomes que me chamaram
Voz às Escolas
2011-09-19 às 06h00
A melhor razão para defender o ensino da matemática é o importante papel que essa disciplina desempenha na construção de todo o edifício do conhecimento humano.
As ideias são mais intuição do que dedução. As grandes, as que revolucionaram tantas áreas do saber, foram resultado do lado mais criativo, mais imaginativo da matemática.
Nuno Crato elege, com a alteração da matriz curricular do ensino básico, a matemática e a língua portuguesa como esteios da formação, nucleares do curriculo! De facto, se a escola promover o desenvolvimento do raciocínio, a linguagem, a interpretação e a comunicação em bom português, garante a base de uma sólida formação.
Numa revista da especialidade, JME, publicada em 1994, revivi algumas das preocupações dos professores de matemática, preocupações sobre as quais refletiram num encontro nacional de professores da disciplina. O encontro “centrou-se à volta da questão do que é ser hoje (já lá vão quase vinte anos) um docente de uma disciplina como a matemática, considerada o latim dos tempos modernos, da dificuldade em cumprir os programas curriculares, da falta de avaliação de novas medidas antes da sua generalização”.
O encontro poderia ser deste ano de 2011. Os assuntos centrais caberiam perfeitamente no programa. Fiquei particularmente sensibilizada com a carta de uma professora que participou no encontro e que resolveu gritar bem alto a sua motivação e empenho! É preciso que todos saibam isto! Afinal de contas só se ouve dizer que os professores faltam muito, que estão sempre a reclamar que ganham pouco,…. Pois fiquem sabendo que, apesar do ministério que temos, não desanimamos, continuamos a trabalhar, a investigar, a inovar e a tentar aprender a fazer com que os nossos alunos sejam mais felizes através do contributo da matemática.
Os professores, hoje, gritam o mesmo!
Basta de desculpabilizarmos os nossos filhos por não aprenderem. Sim, “ele só tem negativa a matemática, eu também nunca gostei!”.
Em Portugal, um estudo científico realizado (há 20 anos!) pelo IIE avisa que “os fracassos na matemática revelam um gravíssimo problema - os alunos não têm os pré requisitos necessários para a prossecução da vida académica e para cooperarem futuramente no desenvolvimento científico e tecnológico do País.
A matemática tem um lugar de grande importância na nossa cultura. Graças ao seu raciocínio simbólico auxilia substancialmente outras ciências, pela sua objetividade é um modelo de pensamento. É uma atividade lúdica, promove criatividade e beleza intelectual.
E que engrandecimento o contributo de Copérnico, Galileu e Kepler, Newton e Laplace, Pitágoras, Euclides, Fermat e Riemann, Pedro Nunes, … entre tantos, tantos, tantos outros que tornaram possível a interpretação, a filosofia e o conhecimento da matéria e do universo, a solução de problemas!
Despertar no aluno o interesse por aprender matemática, discutindo regularmente com ele a utilidade da sua aprendizagem, é essencial. Temos agora uma carga letiva que nos permite explorar a beleza da matemática. O entusiasmo e a admiração por esta ciência aparecerão à medida que a formos tratando por “Tu”.
Uma pessoa pode prescindir do conhecimento matemático e mesmo assim ser um grande profissional, de grande sucesso! Mas certamente seus horizontes culturais serão mais estreitos. É o mesmo que um grande matemático com limitados conhecimentos humanísticos, seus horizontes serão mais pequenos!
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