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Marcelo e André Ventura

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Marcelo e André Ventura

Ideias

2020-11-27 às 06h00

Borges de Pinho Borges de Pinho

Marcelo ainda não anunciou a sua recandidatura a PR, mas estamos em crer que em breve o fará, e com apoio do PS, que de modo nenhum pode esquecer o modo como Marcelo tem levado os governos do Costa ao colo. Apoiando-o, e até o substituindo algumas vezes, ainda que de momento não possamos esquecer o que tem vindo a acontecer. De todo em todo seguindo o que escreveu Cintra Torres (revista Sexta, CM. 13.11.20), “a estratégia do governo parece nova versão da Guerra do Solnado”, com o Covid a só ser apanhado ao fim de semana, enquanto Costa, não escondendo o pânico, começa a revelar “incapacidade de liderança na crise e parece uma barata tonta que anula as suas decisões da véspera ou decide sem tino, como o «desconfinem à semana» e «confinem ao fim de semana»”, e com Marcelo, quase em simultâneo, a revelar-se patético e também em pânico numa entrevista em que fez ele próprio as perguntas, quiçá temendo que surgissem perguntas a sério. No demais, ele vai deixando “correr o marfim”, mesmo após a insistência dos “democratas” em saber sua posição quanto ao acordo havido nos Açores, com uma “geringonça” de direita face ao apoio parlamentar do CHEGA para formar governo.
O democrata Marcelo “torceu-se” todo, como numa pose para mais uma selfie, acabando quase num murmúrio a dizer que seria preferível que tal não tivesse acontecido, mas não teve coragem em falar em partido fascista, racista e xenófobo, como o Costa, aliás também em pânico por ver o PS a ser desfeito por não ter sido possível fazer uma geringonça de esquerda, como ele fez no Continente (com partidos que se afirmam não racistas, nem fascistas ou xenófobos, mas apenas se revelam antieuropeístas, ou já se esqueceram?). Aliás um “democrata” tipo cristão-novo, e em relação ao havido nos Açores falou há dias em “caranguejola”(!), mas percebe-se bem que custou muito ao PS ter perdido os Açores e que, em matéria de geringonças e coisas do género, o direito é igual para todos, sendo certo que a «xenofobia» não passa de uma palavra oca, ainda que particularizada no caso. Na verdade, reconheça-se, as «fobias» podem respeitar aos mais diversos assuntos, temas, posições e até... a coisas inanimadas ou não. O Santos Silva, por exemplo, não gosta da direita e até já afirmou que “gosta de malhar na direita”, em relação à qual é dextrofóbico, sendo que muitos são os que “não suportam” e “gostam de malhar na esquerda”, e com razão!
Nós, por mero acaso, não gostamos dos rios, inanimados ou nem tanto, políticos ou não, diga-se e repita-se, já que por regra acabam sempre por nos surgirem muito poluídos, com pegos esconsos e vários “poços” perigosos para os incautos e desprevenidos que acreditem em ética e em palavras, mas não nos custa a aceitar que o do norte tenha avalizado um acordo com o Ventu- ra, que afinal foi eleito pelo povo, numas eleições democráticas e está à frente de um partido no parlamento, tendo direito a falar e a ter as suas ideias, aliás como os Lacão, Mendes, Joacine, Pinotes, Adão, Silvas, Leão, Rios e todos os demais que, num número exagerado, vivem do erário público. Aliás o falhanço, se o há, e a culpa, diga-se, é do T. Constitucional que admitiu o “CHEGA” como partido, sendo que Ventura vem aproveitando a polémica, a “estupidez”, o “rancor” e os contínuos “ataques” e “farpas” de ditos “democratas”, “comentadores” e “media” para granjear cada vez mais nome, simpatizantes e apoiantes, todos eles “roxos” com uma democracia “esganada” e mal “digerida” e cada vez mais “gananciosa” em encher os bolsos, esquecendo-se que há deputados e políticos a mais, situações e benesses em demasia a quem nem direito tem a tal, sobrecarregando a despesa pública e os contribuintes. Mas na verdade é cada vez maior o número de xenófobos, fascistas e racistas que estão contra o “corso” crescente e enorme de gente que, sem trabalhar e mesmo já com certo estatuto e qualidade de vida, vem vivendo de subsídios e de ajudas do Estado num “xuxialismo” de pantorrilha, balofo e falso, de compadrios, de sucateiros e de aproveitadores, mormente acenando com o cartão de filiado ou de comparsa em negócios, jeitos e concursos, e que de todo anseiam e desejam uma limpeza, claro, em verdade, liberdade e igualdade.
Daí que (e porque não!?) muito se gostaria de ver no que vai dar a luta entre Marcelo e Ventura numa candidatura a Belém, mormente no que toca a princípios, a promessas e a formas de expressão, admitindo que o segundo não teria dificuldades em dominar o primeiro no discurso e na veemência das afirmações, de certo modo abanando e abalando a afirmada inteligência, “mulice” e “esperteza” do primeiro, aliás muito traquejado comentador e político e já conhecedor experimentado noutras áreas, mormente no cotejo entre os média e os poderes. E se Marcelo sentirá ainda agora uma forte necessidade de se embrulhar em abraços e em selfies, como sempre o fez, ainda que com outro cuidado e modos diferentes, o certo, reconheça-se, é que ele não sabe viver sem público, sem entrevistas, sem jornalistas, sem perguntas e respostas, sendo que o Ventura, como um “aguerrido” painelista e benfiquista nunca se calará, e tem elementos de sobra para “reinar” com Marcelo, já que nunca fez grandes “amigos” no sistema e entre arguidos do dito (que se saiba!...), nunca passou férias no Brasil, e quanto a outras “gafes”, quem as não tem, sobretudo se “abrigado” em futebóis. E não terá pejo em tirar selfies e em se lançar ao Tejo em calções para mostrar como os rios, todos eles, andam mesmo poluídos.

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