Reclassificar o solo
Ideias Políticas
2024-10-29 às 06h00
No encerramento do 42.º Congresso do Partido Social Democrata (PSD), Luís Montenegro apresentou uma intervenção marcante, que vai além das divisões partidárias, colocando o foco em Portugal e no futuro do país. Este discurso reflete uma mudança de mentalidade no PSD, onde a prioridade é cada vez mais o serviço ao bem comum e menos as disputas internas. A visão de Montenegro mostra-se corajosa e pragmática, delineando um PSD renovado com uma agenda de compromisso, que ressoa com as expectativas da população portuguesa.
A decisão de propor uma Comissão Política Nacional totalmente paritária é, sem dúvida, um passo inovador e exemplar no cenário político nacional. A paridade na composição dos órgãos de decisão é essencial para a construção de uma sociedade onde mulheres e homens tenham voz ativa em pé de igualdade, refletindo melhor a diversidade da sociedade portuguesa. O PSD, ao adotar uma CPN paritária, demonstra estar atento ao papel indispensável das mulheres na liderança política. Esta decisão é um sinal claro de que o partido está a adaptar-se aos tempos modernos, promovendo uma política de inclusão que valoriza o mérito e o talento, independentemente do género.
A escolha de Leonor Beleza como uma das vice-presidentes da CPN representa outra decisão acertada. A sua vasta experiência, tanto no setor público como na filantropia, é uma mais-valia para o PSD, enriquecendo a direção com uma perspetiva humanista e experiente. Ao trazer de volta figuras de prestígio e de comprovado compromisso com o país, Montenegro consegue criar uma equipa que combina renovação e conhecimento, o que é fundamental para lidar com os complexos desafios que o país enfrenta.
Além disso, Montenegro decidiu retirar todos os ministros da Comissão Permanente, sublinhando que esta deve ser uma estrutura inteiramente focada nas estratégias do partido, sem duplicar a função governamental. Ao optar por esta separação, o líder do PSD demonstra um compromisso com a eficiência e a autonomia dos espaços de decisão, algo fundamental para evitar sobreposição de funções e assegurar uma maior independência e transparência entre o partido e o governo. Esta decisão sublinha a necessidade de uma direção que priorize o fortalecimento das bases do PSD, garantindo que o partido mantenha a sua identidade e uma ligação direta com os seus militantes e eleitores.
A continuidade de figuras-chave, como Hugo Soares como secretário-geral do partido e Carlos Moedas, um dos políticos mais respeitados da direita portuguesa, como cabeça de lista para o Conselho Nacional, é uma decisão acertada. Hugo Soares e Carlos Moedas têm sido figuras de estabilidade e competência dentro do partido, e a sua permanência garante um nível de continuidade e experiência que será crucial para as futuras lutas políticas. Estes são líderes que representam a ética de trabalho e a visão de um PSD moderno, que não está preso ao passado, mas que avança com responsabilidade e compromisso com o futuro.
O Congresso também contou com a presença de todos os partidos com assento parlamentar, reforçando o papel do PSD como uma força política disposta a dialogar com outras forças políticas para o bem do país. A inclusão do CDS-PP, o principal parceiro de coligação, representa um compromisso renovado com uma aliança histórica que traz estabilidade e uma visão comum de desenvolvimento. A presença dos representantes de quase todos os partidos reflete o respeito e o papel de centralidade que o PSD possui na política portuguesa, além de fortalecer a imagem de uma direita democrática e aberta ao diálogo.
O discurso de Montenegro focou-se também numa clara demarcação do PS, apresentando o PSD como uma alternativa coerente e estruturada para liderar o país. Ao invés de adotar uma postura de confronto direto, Montenegro usou o discurso para destacar as diferenças entre os dois partidos, enfatizando que o PSD é uma força política preparada para enfrentar os desafios sociais e económicos com seriedade e pragmatismo. Esta abordagem diferencia-se pela seriedade e pela transparência, demonstrando que o PSD tem uma visão clara e soluções concretas para as necessidades do país.
Outro ponto importante foi a moção de estratégia global de Luís Montenegro, aprovada por unanimidade, um reflexo da unidade do partido em torno do seu líder e da sua visão. A unanimidade na aprovação da moção demonstra que o PSD está mais unido do que nunca, o que é essencial para enfrentar futuros desafios políticos. Esta unidade interna é uma demonstração de que o partido está coeso e preparado para as batalhas que virão, incluindo as próximas eleições Autarquicas em 2025.
As 12 propostas temáticas aprovadas são um exemplo do comprometimento do PSD com temas específicos e de relevância nacional, abordando desde o desenvolvimento económico, a saúde, e a sustentabilidade ambiental, até a educação e inclusão social. Com estas propostas, o PSD mostra-se empenhado em formular políticas abrangentes e detalhadas que visem solucionar problemas estruturais do país.
Em conclusão, o 42.º Congresso do PSD e o discurso de encerramento de Luís Montenegro não deixam dúvidas sobre a nova direção do partido. Montenegro mostrou-se como um líder com uma visão clara para Portugal, ao mesmo tempo que demonstra seriedade e compromisso com os valores da democracia e da inclusão. Esta renovação dentro do PSD reflete uma força política que, ao concentrar-se no bem-estar de todos os portugueses, está preparada para liderar Portugal rumo a um futuro mais próspero e justo.
03 Dezembro 2024
26 Novembro 2024
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