Correio do Minho

Braga, quinta-feira

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‘Mimo: falar sem palavras’

Os bobos

Voz às Escolas

2012-03-05 às 06h00

Maria da Graça Moura Maria da Graça Moura

Para comemorar o Dia Mundial do Turismo, as escolas de Braga foram desafiadas a participar no I Festival de Mimos, organizado pelo Pelouro do Turismo da Câmara Municipal de Braga, em 2007. A Escola André Soares aderiu ao desafio e preparou alguns alunos que exibiram uma performance muito comunicativa e colorida, deixando uma marca significativa nos alunos/atores.

Desde então, o agrupamento de escolas André Soares ganhou particular interesse por esta linguagem artística, de tal forma que todos os anos, no âmbito da disciplina Oficina de Teatro, os alunos manifestam grande vontade de aderir a esta experiência de expressão e comunicação corporal.

O gosto dos alunos por esta arte é um crescendo! No passado mês de janeiro, aquando da cerimónia de abertura da Capital Europeia da Juventude - CEJ 2012, a Escola André Soares colocou na rua mais de cinquenta jovens artistas que, com mais ou menos preparação, quiseram partilhar com o público a sua arte de comunicar por gestos e expressões não-verbais.

Foi, sem dúvida, um dia marcante para estes alunos que, de forma simples e singular, transformaram o silêncio dos gestos em processos de comunicação, onde a beleza plástica e poética dos movimentos proporcionaram diálogos, conquistas e trocas de leituras silenciosas de sensações, sentimentos e emoções, ampliadas pelo sorriso dos olhos e pela estética corporal!

Foi fantástico observar a alegria destes mimos improvisados que, de forma livre e espontânea, conseguiram chamar a atenção do público, impressionar e desenvolver estratégias de comunicação de maneira intuitiva, onde a expressão facial e a gestualidade ajudou a criar excelentes momentos de interpretação e dinâmica interpessoal.

A máscara e o figurino desempenharam um papel relevante no impacto com o público porque evidenciaram uma função significativa de todo o corpo no pro-cesso comunicativo. É talvez a parte mais marcante de todo o processo porque os alunos adoram o ritual de se “vestirem” de mimos e de se pintarem.

A construção da máscara é um momento muito apreciado e valorizado porque transforma o real no imaginário e esconde o rosto, dando-lhe uma estética teatral.
Esta transformação faz toda a diferença porque muitos alunos e alunas que, sendo adolescentes tímidos, envergonhados, inibidos e inseguros, encontraram nesta linguagem artística a melhor forma de superarem os seus constrangimentos. O interesse em participar contribuiu decididamente para ultrapassar as barreiras iniciais e reforçar os laços de amizade, convívio, cooperação e colaboração.

Em jeito de conclusão podemos assegurar que esta experiência pantomímica, no Agrupamento de Escolas André Soares, constitui uma mais-valia cultural, artística e estética que marcará significativamente, e para toda a vida, os alunos e alunas que decidiram desenvolver, no seu percurso escolar esta competência expressiva de teatro gestual!

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