Ettore Scola e a ferrovia portuguesa
Voz às Escolas
2015-09-21 às 06h00
Há um ano, refletíamos sobre o que pretendíamos para o ano letivo que se avizinhava: mais uma etapa coletiva de construção de um ideal de escola pública, tendo como fim último a construção de um percurso que conduzisse, com qualidade, a uma cidadania plena, responsável e solidária, para todos aqueles que nos são confiados.
Preconizávamos um ano em que cada um dos seus atores, professores, pais, pessoal não docente, alunos e direção, norteasse os seus atos a partir de uma intencionalidade e reflexão profissionais, parentais ou estudantis, não praticando somente atos performativos e miméticos, de cumprimento de um pseudopapel.
Foi nesse sentido que, quando em junho do ano letivo transato nos foi colocada a hipótese de abertura de uma turma de 5.º ano do ensino articulado, procuramos divisar, após consulta das pertinentes autoridades tutelares, uma solução que fosse a que desse a melhor resposta, no nosso agrupamento, às necessidades das famílias e dos alunos.
Inesperadamente para todos, escola e pais, todo esse processo acabou por ser colocado em causa, extemporaneamente, em momentos em que tudo já deveria já estar claro e definido, culminado com o conhecimento, já em final de agosto, das significativas reduções ao número de alunos financiados para o ensino articulado, as quais afetaram a imensa maioria dos alunos inscritos na turma.
Cremos que outro final poderia ter acontecido. Um que resultasse de informação clara e atempada, permitindo a oportuna e consequente tomada de diligências ou definição de alternativas, e que, conjugado com boa vontade na superação de obstáculos formais - independentemente da responsabilidade na origem dos mesmos -, permitisse, em tempo útil, ir ao encontro do que deveria ser sempre o objetivo último: respeitar a vontade congregada e explícita de pais e da comunidade educativa, expressa nos seus mais diversos órgãos, na definição do rumo pretendido para os seus.
Outro momento complexo, neste preparar de ano, foi a constituição de turmas do primeiro ciclo. Entendemos, no entanto, que esse é um tópico já suficiente e pertinentemente abordado por diversos responsáveis, escolares e municipais, nos mais diversos fóruns, incluindo o presente. Resta apenas dizer que, mais uma vez, há que louvar a capacidade de pais e professores, numa conjugação de vontades, em reunir migalhas e fazer o pão possível, permitindo acalentar a esperança de que será possível levar a bom porto cada uma dessas pequenas naves que, nas diversas escolas, transporta as nossas crianças.
Pela positiva, a manutenção da confiança nesta comunidade, por parte de inúmeras famílias, para levarem a bom porto a preparação dos seus. Muito pela positiva, os resultados das colocações no ensino superior, com aproximadamente quase metade dos 391 alunos que se candidataram, colocados na sua primeira opção e com 23% colocados na segunda opção. Em termos de instituições, a Universidade do Minho recebeu a clara preferência de 189 dos nossos jovens, seguida pelo IPCA - Instituto Politécnico do Cavado e do Ave, com 43 entradas.
Em termos de cursos, o com maior número de colocações foi o de Medicina, com 17 candidatos, seguido dos de Engenharia Informática, Economia e Engenharia de Gestão de Sistemas de Informação.
De realçar a entrada de quatro dos nossos alunos na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, que apresentou a maior média nacional de acesso este ano. Um desses alunos foi o Presidente da Associação de Estudantes da ESAS que conseguiu, bem no espírito que desde sempre almejamos para a formação dos nossos jovens, a conjugação de uma participação ativa, responsável e cidadã, com o sucesso escolar. A ele e a todos os outros, inúmeros, que realizaram um percurso idêntico connosco, os nossos parabéns e orgulho.
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