Correio do Minho

Braga,

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“Identidade”

‘Spoofing’ e a Vulnerabilidade das Comunicações

Voz às Escolas

2015-01-05 às 06h00

João Andrade João Andrade

Realiza-se hoje, no nosso agrupamento, uma sessão solene de homenagem  a todos os docentes, técnicos administrativos e assistentes operacionais do agrupamento que se aposentaram nos anos mais recentes, em reconhecimento pelos relevantes serviços prestados pelos mesmos à comunidade.

Devido às circunstâncias decorrentes da nossa recente agregação em mega-agrupamento, no ano transato não foi possível realizar tal homenagem. Coincidentemente, esse também foi também um ano em que, por força do enquadramento político-legal, muitos colegas solicitaram e obtiveram a reforma antecipada ou a rescisão amigável do seu vínculo. Assim, o número de homenageados na sessão de hoje ascende a quase quatro dezenas.

Além do aperto no coração de deixarmos de privar amiúde com tantos amigos de tanto tempo e a apreensão de deixarmos de contar com a sua experiência no nosso dia-a-dia, é incontornável a reflexão de qual o impacto que a sua ausência poderá ter na identidade da nossa instituição educativa.

A identidade de uma instituição é construída por inúmeros fatores, alguns objetivos e claramente percecionáveis, outros subjetivos e de difícil perceção. Entre estes últimos, encontra-se o cruzamento de influências diário entre a instituição e os seus múltiplos atores. Os atores tendem a agir numa instituição de acordo com os valores e práticas que percecionam constituir a sua identidade. No entanto, paulatinamente e conforme os níveis de influência e liderança que têm na instituição, vão-lhe aportando os seus próprios valores e práticas.

A influência de cada indivíduo vai-se tornando mais forte quanto mais tempo está na instituição e quanto mais respeito vai granjeando dos seus pares enquanto referencial de práticas e valores.
Esta liderança moral é fundamental para o sucesso de uma instituição que é a escola pública. Segundo Thomas J. Sergiovanni, autor que se debruçou profundamente sobre esta problemática, a liderança moral, que junta vários atores em torno de uma causa comum, torna a instituição uma comunidade fortemente vinculativa, com ideias, princípios e finalidades partilhadas, contribuindo, significativamente, para o seu sucesso.

Assim, são-nos claras duas circunstâncias: que muita falta vão fazer à instituição os valores, saberes e consequentes práticas de muitos destes que recentemente deixaram de caminhar diariamente connosco na persecução de um ideal de Escola Pública, mas também não temos dúvidas que a sua marca, por forte, permanecerá indelével por muito tempo na identidade de aquele que é agora o Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio.

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