Unir Portugal: A Proposta do PSD para a Construção de um Futuro Comum
Ideias
2023-10-03 às 06h00
E os últimos 10 anos tiveram larguíssimos dias de sucessos e evoluções sem paralelo no concelho.
Como muitos de nós, também eu desenvolvi a habituação aos novos padrões de cidade e de gestão do município. De forma quase natural, não me passa pela cabeça que os órgãos autárquicos não sejam transparentes e acessíveis ao cidadão. Não concebo, sequer, que uma Câmara Municipal possa ser outra coisa que não um espaço, um grupo de pessoas e um conjunto de meios ao serviço da população.
Muitos bracarenses, pela sua jovem idade ou por se terem para aqui mudado nos últimos 10 anos, não fazem ideia do que era o poder autárquico no concelho. Desconhecem a cultura de distanciamento e de impenetrabilidade que era gerada por Mesquita Machado relativamente aos cidadãos e, sobretudo, aos que o criticavam.
Não foram sujeitos a episódios pouco edificantes de enxovalhos públicos nas sessões da Assembleia Municipal ou nas reuniões do executivo da Câmara Municipal, apenas por serem da oposição e levantarem questões desconfortáveis.
A cultura mudou, a prática acompanhou a mudança e hoje, felizmente, os cidadãos e os partidos da oposição não têm receio de expressar posições distintas e de tentar fazer valer argumentos e causas que outrora dificilmente mereceriam eco.
E tal não se deve apenas à evolução natural da sociedade e a uma maior predisposição para a intervenção cívica. Deve-se, sobretudo, a uma terapia de oxigenação democrática por via da qual respirar de modo distinto do do PS local deixou de equivaler a um atestado de óbito cívico e político.
O “ar do tempo” é bem diferente e, também por isso, pululam os partidos com representação na Assembleia Municipal, florescem os movimentos associativos de índole cívica, política, cultural e, bem assim, as associações de moradores.
Com causas de hoje, de ontem ou de sempre, aparecem, reclamam, protestam e não desaparecem em razão de qualquer bullying (anti)democrático protagonizado por quem detém transitoriamente o poder de liderar os destinos do município. Bullying esse que é agora memória vã e abstrata de um tempo a que ninguém deseja voltar.
O sucesso da Coligação Juntos por Braga é também e sobretudo esse, o de dar à cidade um clima de genuína democraticidade, sem medo da alternativa e das propostas contrárias de todos quantos nela e nas suas opções não se reveem.
E o retumbante sucesso de Ricardo Rio e dos partidos e pessoas que o suportam é o de que, apesar desse clima, apesar da liberdade cívica, política e associativa que o seu estilo e substância de ação geraram, a maioria dos bracarenses escolheram e continuam a escolher a Coligação.
Sem prejuízo dos falhanços de uma oposição que continua a não ver que o jogo tem regras diferentes, que não ganha quem mais vocifera ou cria factos políticos artificiais e que, no caso do PS local, nem uma liderança estável e uma coerência interna consegue apresentar, o exemplo da liderança de Braga merece reflexão e elogio.
A isso não será estranha a facilidade desarmante com que se abordam os temas das promessas e suas concretizações. Ainda na passada sexta-feira, na comemoração dos 10 anos da primeira vitória da coligação Juntos por Braga, Ricardo Rio apresentava, perante quase duas mil pessoas, o balanço dos últimos dois anos de mandato.
E não um balanço meramente estético e alicerçado nas suas capacidades oratórias. Não, uma avaliação séria, com números e projetos concretos já realizados, num total aritmético que já permite demonstrar que quase metade dos compromissos eleitorais foram cumpridos.
O passado e o presente deste projeto não podem, contudo, prejudicar um propósito de sobrevivência que não é o da mera manutenção do poder pelo poder.
O ideário da Coligação Juntos por Braga sempre foi o de criar uma causa, maior do que a soma das suas partes, que demonstrasse que a convergência de boas ideias, de genuína preocupação cívica e de amor pelo concelho não tinham dono. E que era no paradoxo da liberdade institucionalizada em projeto político que os bracarenses poderiam contribuir para uma Braga onde não fosse apenas bom viver, mas sobretudo sonhar, ousar e fazer.
O desafio para os próximos anos não é, por isso, o de apenas apresentar um candidato ou candidata que corporize estes valores de cidadania livre se bem que organizada, política ainda que não partidarizada, ousada, mas sempre responsável. O grande desafio é o de manter, nutrir e fazer crescer uma ideia de ativismo brácaro, muito nosso, quase bairrista, mas a que imediatamente qualquer pessoa que aqui chegue possa aderir e acrescentar um contributo que lhe dê dimensão cosmopolita e universal. Juntos por Braga não é um slogan, mas uma maneira de ser, estar e sentir a nossa cidade. Quem provar ser disso legítimo guardião e promotor, provará seguramente merecer continuar a governar os destinos do município.
29 Novembro 2023
28 Novembro 2023
Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.
Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.
Continuará a ver as manchetes com maior destaque.
Faça login para uma melhor experiência no site Correio do Minho. O Correio do Minho tem mais a oferecer quando efectuar o login da sua conta.
Se ainda não é um utilizador do Correio do Minho:
RegistoRegiste-se gratuitamente no "Correio Do Minho online" para poder desfrutar de todas as potencialidades do site!
Se já é um utilizador do Correio do Minho:
LoginSe esqueceu da palavra-passe de acesso, introduza o endereço de e-mail que escolheu no registo e clique em "Recuperar".
Receberá uma mensagem de e-mail com as instruções para criar uma nova palavra-passe. Poderá alterá-la posteriormente na sua área de utilizador.
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos.
Deixa o teu comentário