As férias e o seu benefício
Escreve quem sabe
2025-02-04 às 06h00
Monumento Nacional desde 2011, o edifício que hoje visitamos pertence ao século XVIII, mas a história deste local remonta a tempos de Bracara Augusta. Quem hoje visita o complexo das Sete Fontes pode encontrar, ao longo da visita, alguns vestígios que nos comprovam que já a civilização romana explorava aquele local. Essa teoria é reforçada anos mais tarde durante a construção do Hospital de Braga, onde encontraram um forno romano de cozedura de materiais de construção. A história conta-nos ainda que este complexo começou a ser idealizado por Dom Rodrigo de Moura Teles, arcebispo de Braga entre 1704 e 1728. Nessa altura o Arcebispo já teria estabelecido alguns contratos com pedreiros e cantoneiros com a finalidade de levar água à cidade de Braga. Contudo é Dom José de Bragança, arcebispo de Braga entre 1741 e 1756, que edifica o monumento que hoje conhecemos. As Mães de Água datam de 1744 a 1752, contendo algumas delas o brasão da casa de Bragança, acompanhado do símbolo do arcebispo. Durante centenas de anos foi este monumento o responsável pelo abastecimento da água da cidade. Apenas em 1929 é que entra em funcionamento o sistema de captação de água do Rio Cávado.
Contudo nem sempre este local teve a valorização merecida, ficando esquecido na história da cidade, chegando até a ver a sua existência ameaçada. Nessa altura foi um movimento de cidadãos e entidades que lutaram pela salvaguarda e conseguiram que este monumento ganhasse a merecida classificação de Monumento Nacional garantindo assim a sua salva- guarda.
Hoje aguardamos por um parque verde que é sempre levado como bandeira de campanha, mas que teima em não sair do papel. Hoje questionamos os nossos leitores se já conhecem e se estão conscientes acerca do projeto do Parque Verde das Sete Fontes?
Levantamos esta questão pois sentimos que a informação veiculada pelo Município é uma falácia, uma vez que pode estar a criar uma expectativa com os munícipes alegando que o parque vai ter 90 hectares, ou seja, para nós a percepção das pessoas é que vão existir 90 hectares disponíveis para usufruírem e passearem. Contudo este registo não é verdadeiro, e achamos importante que todos estejam bem esclarecidos. Considerando os 90 hectares apenas 30 serão verdadeiramente parque de usufruto público. Há outros 30 hectares que fazem parte de uma mancha verde correspondente a terrenos privados, os quais as pessoas não poderão utilizar. Quanto aos restantes 30 hectares, estes estão afetos a zonas construtivas com arranjos urbanísticos. Desta forma o Parque Verde das Sete Fontes não terá 90 hectares mas apenas 30 usufruíveis.
Hoje percebemos que a sinergia entre entidades que um dia salvou as Sete Fontes, não afeta o Município, que não quer ouvir as restantes entidades que tanto lutam e preservam este monumento.
Felizmente essa sinergia não está perdida entre todas as entidades, pois contamos com o apoio da AGERE para abrir o edifício sempre que são solicitadas visitas, que acabam maioritariamente por ser guiadas pelo Presidente da Junta de Freguesia de São Victor, ou por Voluntários da JovemCoop. Muito nos honra acolhermos novos visitantes a este Monumento Nacional, acolhendo sempre neste projeto entidades que se juntam a nós e pedem para conhecer este local.
No próximo dia 22 de Fevereiro, voltamos a visitar o Complexo Eco Monumental das Sete Fontes, convidando a população a Apaixonar-se pelas Sete Fontes. Desta vez acolhendo a Delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro, que nos desafia a criar um cordão humano que pretende num gesto simbólico de solidariedade alertar para a prevenção e diagnóstico precoce da doença. Contamos com todos nesta dupla iniciativa dia 22 de Fevereiro pelas 9:30, no Largo Do Monte D’Arcos. Deixe-se Apaixonar!!
19 Julho 2025
18 Julho 2025
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