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Já ouviu falar na doença pé-mão-boca?

A responsabilidade de todos

Já ouviu falar na doença pé-mão-boca?

Voz à Saúde

2019-10-19 às 06h00

Manuela Costa Alves Manuela Costa Alves

A doença pé-mão-boca é uma doença infeciosa frequente em bebés e crianças. É causada por um vírus, tal como a maioria das patologias infeciosas da criança (as famosas “viroses”), designado enterovírus. A maioria das infeções por enterovírus são assintomáticas, no entanto, este vírus pode causar doenças comuns da infância, como por exemplo, gastroenterite, herpangina e nasofaringite (isto é, “constipações” e amigdalites). Pode ainda manifestar-se sob a forma de outras doenças mais complicadas, como meningite, hepatite, entre outras. Os recém-nascidos (bebés com menos de 28 dias) correm o risco de apresentação de doença mais grave, dado que não têm as mesmas defesas que crianças maiores.
A doença pé-mão-boca acomete principalmente crianças com idade inferior a 5 anos, sendo menos frequentemente encontrada em crianças em idade escolar e, raramente, nos adultos. A doença predomina na primavera e no outono.

Manifestações clínicas
A doença pé-mão-boca carateriza-se por lesões (“manchinhas”), que podem ser dolorosas, na boca, mãos e pés, no entanto, também podem aparecer nos joelhos, nádegas e genitais. As lesões da cavidade oral podem dificultar a alimentação pela dor. Pode ainda cursar com febre. O período de incubação é de habitualmente 3 a 5 dias e a doença resolve, usualmente, em 3-4 dias, sem complicações.

Forma de transmissão
Tal como outras “viroses” é uma doença contagiosa. O ser humano é o único reservatório conhecido para o enterovírus, pelo que a sua forma de transmissão é via fecal-oral e respiratória (através das secreções nasais, saliva, etc.). O vírus pode ainda sobreviver nas superfícies por períodos curtos, o que potencia a capacidade de transmissão entre os seres humanos, pois o vírus pode “viajar” devido ao contacto com fezes, mãos e objetos contaminados. Pode ainda ser transmitido através da ingestão de água, inalação de gotículas respiratórias e alimentos contaminados.
A transmissão da infeção ocorre, principalmente, durante a primeira semana de doença. Contudo, o vírus pode persistir algum tempo após os sintomas desapareceram, sendo excretado pelas fezes.

Diagnóstico
Dado que as manifestações da doença são bem caraterísticas, não é necessário a realização de exames complementares de diagnóstico.

Tratamento
É apenas sintomático, não havendo tratamento específico. Deve-se reforçar a hidratação oral e da pele; administrar antipiréticos se febre e analgésicos se dor de intensidade importante. Quando há uma recusa alimentar, devido às lesões da boca, deve-se oferecer alimentos pastosos e mornos/frios (por exemplo iogurtes, gelatina), evitando alimentos quentes/ácidos.

Prevenção da transmissão do enterovírus
A forma mais importante e eficaz de prevenir a transmissão da infeção é através da lavagem frequente das mãos com água e sabão. Deve-se também ensinar a criança a lavar as mãos. É igualmente importante manter a sua casa limpa e desinfetar as superfícies da mesa, brinquedos e outros objetos com que a criança contacte.

Evicção/frequência infantário
Apesar de não se tratar de uma doença que obrigue à evicção escolar, a criança deve ficar mais resguardada, evitando o infantário e o contacto com outras crianças durante a primeira semana de doença.

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