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IPCA, 24 anos a escrever uma história de sucesso

Os bobos

Escreve quem sabe

2019-01-06 às 06h00

Manuel Barros Manuel Barros

Uma comemoração de dimensão multifacetada, marcou com solenidade o 24.º aniversário do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA). Um programa intenso que contou com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, na primeira reunião do Conselho de Curadores, na posse do Conselho Geral, na inauguração do edifício da Escola Superior de Tecnologia e na exposição de trabalhos de investigação desenvolvidos por professores e alunos. Os Autarcas dos vários municípios e os representantes de diversas instituições e forças vivas da região, também marcaram presença de forma muito significativa, numa dinâmica que se tem vindo a aprofundar todos os anos.
Um desígnio afirmado na visão estratégica, que sustentou a decisão política da sua criação. O IPCA é, atualmente, uma instituição de referência no contexto do ensino superior na região. Um estabelecimento de ensino e formação, que incorpora uma prática pedagógica, uma dinâmica de investigação de grande dimensão e uma relação de “proximidade inteligente” com a região. A inauguração das instalações da Escola de Tecnologia é mais uma garantia do futuro, que se está a construir em cima de um projeto com mais de um quarto de século de conceção.
O IPCA é a mais jovem instituição de ensino superior público em Portugal, tendo sido criado em 19 de dezembro de 1994. A partir de Barcelos criou dois polos nas cidades de Braga e de Guimarães. Nestes 24 anos, o IPCA alargou, significativamente a sua oferta de formação, pelos cursos de licenciatura, mestrado, técnicos superiores profissionais, em regime diurno e pós-laboral. Atualmente, integra quatro unidades orgânicas de ensino e investigação: a Escola Superior de Gestão (ESG), a Escola Superior de Tecnologia (EST), a Escola Superior de Design (ESD) e a Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHT), perspetivando-se a a requalificação da Escola Técnica Superior Profissional, a funcionar em Braga, no antigo edifício do Idite-Minho, e a Escola de Verão, em Esposende.
Um potencial que integrou uma exposição sobre os projetos de investigação e desenvolvimento das 4 escolas. Uma história contada através dos momentos mais marcantes dos últimos dez anos, e que destacou o crescimento físico do Campus Politécnico. O crescimento físico sustentado por um plano estratégico consolidado, e por uma comunidade académica que estuda, trabalha, colabora e coopera com base num numa dinâmica de relações com a região e o país, tal como afirmou a sua Presidente, Maria José Fernandes, que reconheceu o “empenho e dedicação de todos, num caminho de afirmação, de formação, com mais projetos e mais investigação”. Uma dinâmica assente em parcerias estruturantes com os municípios de Barcelos, Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Esposende, com o objetivo de aproximar o IPCA das empresas e das comunidades locais.
A ação social e a integração académica dos estudantes nacionais e internacionais, foi um dos temas abordados no contexto da expansão do Campus para 2019. A melhoria das condições de integração e a construção de uma residência estudantil é uma ambição partilhada pelos estudantes, através da Associação Académica. Uma reivindicação que se justifica pelo universo de 4.500 estudantes e os desafios que enfrentam ao nível do alojamento. Uma constelação de desafios que exigem respostas à altura da sua complexidade, que passa pelos preços rendas muito elevados e insustentáveis, para um número muito significativo de estudantes. Um fator de proximidade para os estudantes bolseiros e de atratividade de estudantes que procuram a formação académica disponibilizada pelas escolas superiores do IPCA.
Neste contexto, realço a aprovação do novo regime fundacional que marca uma nova fase da história, e abre caminho para o Instituto, “colocando grandes desafios” que a instituição “saberá aproveitar e ser ainda melhor”, na perspetiva da Presidente. Simbolicamente, o Ministro Manuel Heitor, participou na primeira reunião do Conselho de Curadores, que marcou a passagem do primeiro Instituto Politécnico para o estatuto de fundação pública, afirmando que esta migração “não é um prémio, mas uma responsabilidade acrescida e um grande desafio para esta região”.
Um novo regime jurídico, que se assume como o corolário do prestígio que o IPCA conquistou na região, no país e na Europa, que consolidou com base no envolvimento e na mobilização das forças vivas da região, com destaque para as câmaras municipais do quadrilátero urbano de Braga, Guimarães, Vila Nova de Famalicão e Barcelos, a que se vai juntar o Município de Esposende.
Um dinamismo que faz sobressair o IPCA no contexto nacional, a todos os níveis e, mais recentemente com a implementação das três dezenas de cursos técnicos superiores profissionais. Um projeto de maior relevância que preconiza um novo percurso para ser mais politécnico no contexto da Região Norte onde pontuam três instituto uuperiores Politécnicos com que mantem relações institucionais, e três universidades onde conquistou grande respeitabilidade.
Ser Fundação aumenta a responsabilidade. E determina uma nova etapa que honra a memória do seu ideólogo, o meu amigo Prof. João Carvalho com quem tive o privilégio de trabalhar, no âmbito do processo de instalação do IPCA, com quem tive a oportunidade de partilhar a “vida de retidão, rigor, profissionalismo e missão de serviço público” deste “exímio cumpridor da causa pública e da boa gestão dos dinheiros públicos”, a quem reafirmo a minha homenagem.
Junto-me à evocação de reconhecimento, pela sua afirmação do IPCA, “uma instituição de ensino superior público de referência, reconhecida pela excelência e qualidade do seu ensino e pelos resultados que tem alcançado na investigação aplicada, fruto de um caminho e de uma estratégia bem delineada.” No reconhecimento de 24 de uma história de sucesso, que “resulta da sua visão clara acerca da missão e da atuação do IPCA na comunidade, na região e no país e da sua definição de metas a alcançar, culminando no crescimento e desenvolvimento sustentável”, que os atuais responsáveis estão a implementar e vão saber reinventar.

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