António Braga: uma escolha amarrada ao passado
Ideias
2019-01-18 às 06h00
1 No nosso dia a dia às vezes somos confrontados com factos, notícias e situações tão singulares e insólitas que, além de perplexidade e alguma angústia, nos levam a uma vontade incontrolável de rir à gargalhada. Tudo devido às patetices, tonterias e loucuras de gente parva, “condicionada” por mediocridades e minoridades em inteligência, sensatez e sanidade mental. Na Suíça, um país europeu, democrata, civilizado, culto, desenvolto em termos económicos, contas na banca, negócios de dinheiros, secretismo de depósitos, transferências e titulares, e com reconhecida qualidade em relógios, queijos e chocolates, entendeu fazer um referendo e levar “a votos a decisão sobre se as vacas devem, ou não, poder crescer com os chifres”, porque “a maioria das vacas do país já não tem as hastes, por modificação genética ou porque os donos as amputam à nascença” (CM, 22.11.18).
2 Uma questão de civilização e de cultura que terá causado “azia” e provocado “dores de cabeça” em Graça Fonseca e no Silva do PAN dado “esbarrar”e entrar em “choque” com a vontade e o direito das vacas aos seus chifres e, porque se está num Estado de direito, com o direito de cidadania de seus donos, discordantes ou habituados a ter cornos à sua volta e daí tirar dividendos. De momento ainda admitimos que o Silva, deputado do PAN, interviesse pública e ardorosamente, recorrendo à NET e ao IRA, se tal se impusesse, para defesa dos direitos das vacas a manifestarem-se, dando-lhes voz, pelo respeito devido às suas vontade, genética, sofrimento, dor ou vergonha. E sem qualquer medo de “cornadas” das discordantes e seus donos. Confiávamos que “sabotasse”o referendo, levando até às urnas as vacas suíças de modo a que lhes fosse possível “manifestar” suas vontades. Anatómico-animalescas, diga-se, “botando bosta” a preceito e dando uma e outra “cornada” apropriada em ordem a resolver o assunto. Simplesmente ... nada aconteceu e “os eleitores suíços rejeitaram (mesmo) em referendo uma proposta para subsididar os agricultores que abandonem a prática de cortar os cornos às vacas e às cabras” (CM, 26.11.18).
3 No entanto é de relevar, registar e justificar um ufano “viva” à liberdade e ao direito aos cornos de quem os queira ter ou manter, mesmo que processsado contra os direitos dos animais, que não foram tidos nem achados na matéria. Os cornos são deles, é certo, mas quem vem sempre decidindo são os Andrés, os Silvas, as Graças e mais defensores e paladinos dos direitos dos animais, mas que no entanto procuram sempre livrar-se das pulgas, percevejos, moscas, ácaros e vespas que os infestem, e que sofrem os efeitos dos DDTs actuais, em pó, aerossol, líquido ou simples sapatada. Enfim!... Viva o PAN, mas pensamos que uns são filhos e outros enteados, embora todos tenham direitos. E pensando melhor, e por favor, salve-se «o bife com o ovo a cavalo»!... A galinha não se importa e uma “vitela”, bem ”conversada”, poderá dispensar um “bifinho” de vez em quando, desde que os Andrés, Silvas, Franciscas, Graças e demais “amantes” de animais o não saibam. Ou estejam numa marisqueira qualquer a “brincar” com camarões, lavagantes, lagostas, lagostins, etc., que não têm direitos nem voz activa e só o ónus de se apresentar frescos, bem cozinhados e condimentados para serem bem comidos e... “regados”!... Mesmo que tenham de ser lançados ainda vivos nos tachos e panelas!...
4 “Uma coisa óptima é estar há quatro dias sem ver jornais portugueses” dizia a que se diz ministra da Cultura, que também tutela a Comunicação Social , quando interpelada na feira do livro em Guadalajara, no México (CM, 26.11.18). Coisas e escritos de “jornaleiros” ou de jornalistas, o que importa distinguir pois os primeiros, além do aspecto de jornalistas (?), não passam de “jornaleiros”, escrevendo de acordo com a “jorna” que recebem ou flui do contrato. Mas a muito culta e civilizada Gracinha “topou-os” logo, para mais aludindo-se a touros, e ela na altura não estava para “tangas” nem “faenas”.
Aliás, é de todos sabido que Hoje, como Ontem e Amanhã, há “notícias”, “favores” e “escritos” nos media que são apenas “resposta” a esconsos interesses sócio-económico-políticos, sendo natural arregimentar comparsas, amigos, camaradas e outros que tais para a notícia que se quer. Omitindo-a mesmo ou “colorindo-a” de acordo com as conveniências e colocando-se os media no rumo e orientação mais cómodas para o poder político-governamental.
Aliás, tem-se ainda bem presente o ocorrido no tempo de Sócrates, e seus amigos na área, com os Figueiredos, Camões, Proenças, Teixeiras e muitos outros, todos «de impoluta isenção» mas muito “jornaleiros”, porque vivendo da “jorna” acordada e de olhos nos interesses em jogo.
Algo que mina e destrói a democracia, mas que os muitos surdos, míopes, alienados e “distraídos” do país nem sequer se apercebem.
11 Dezembro 2024
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