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Ikigai

‘Spoofing’ e a Vulnerabilidade das Comunicações

Ikigai

Voz às Escolas

2020-06-29 às 06h00

João Andrade João Andrade

AIkigai é um termo japonês, intraduzível para a nossa língua numa única palavra, mas que podemos descrever como a “razão de viver” ou o “equilíbrio de vida”. O Ikigai preconiza o equilíbrio entre as diferentes dimensões da vida de cada um, permitindo, assim, atingir e encontrar o propósito de cada existência. Encontrar o Ikigai implica fazer um caminho, necessariamente pessoal, descobrindo, enquanto seres sociais, o ponto de equilibro entre o “eu” e os “outros”. O Ikigai é o ponto de encontro entre o que amamos, o que somos bons a fazer, o que o mundo necessita e aquilo pelo qual seremos recompensados. Assim, é o encontro entre a paixão, a missão, a vocação e a profissão.
Uma das dimensões mais relevantes da Escola, é dar aos seus alunos a informação e a preparação necessárias para que vão construindo o caminho que leve ao seu Ikigai.
Estamos num momento do ano letivo em que um número significativo de alunos vê-se obrigado a tomar decisões nesse caminho. Os do nono ano, numa primeira decisão, ao escolherem qual o percurso que vão seguir no secundário, os do décimo segundo ano, numa decisão já muito mais consequente, ao elaborarem a sua candidatura ao ensino superior. Sem se aperceberem, muitos alunos vão fazendo, neste percurso, uma descoberta extremamente importante: a realização que advém de se ser bom em algo. Amar muito algo, mas não se ser bom nesse algo, pode conduzir a uma vida de frustração. Esse é um primeiro equilibro a encontrar. Mas, como há também a realização que advém de nos sustentarmos autonomamente, o passo final é encontrar o cruzamento entre as dimensões prévias e aquilo que os outros precisam que façamos. Muitos só perceberão qual esse ponto muito mais tarde no seu percurso de vida. Teremos cumprido a nossa missão, se todos o encontrarem.
Estamos no final de um ano letivo muito diferente. Em que a escola e todos os seus atores se viram a obrigados a elevada entrega e constante reinvenção. Quer pelo trabalho realizado, quer pela postura que fomos constatando nos inúmeros contactos que mantivemos, os profissionais, quer docentes, quer não docentes, desta escola, não temos nenhuma dúvida em constatar que a vasta maioria soube encontrar esse “sentido de vida”. Só podemos estar profundamente agradecidos, a todos, pelo seu imenso esforço. Agradecimento que é extensível aos pais, avós, irmãos e a todos os demais que, nas famílias e na comunidade envolvente, foram também imprescindíveis para que o ato educativo continuasse a ocorrer, num contexto tão particular e difícil.
O que o próximo ano será e como será organizado, ainda é uma clara incógnita. Mas a recentralização de valores e a entrega constatada de todos, levam-nos a ter a certeza de que, quaisquer que sejam os desafios e as dificuldades a advir, juntos as iremos superar com sucesso.

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