A Resolução do Conselho de Ministros nº 46-B/2021, de 4 de maio, criou a Estrutura de Missão «Recuperar Portugal» responsável pela gestão e monitorização da execução dos objetivos operacionais do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) português. Os seis pilares da estratégia europeia 2030, nomeadamente, transição verde, transformação digital, crescimento sustentável e inclusivo, coesão social e territorial, saúde e resiliência económica, social e institucional e politicas para a próxima geração, estão incluídas no PRR português nas suas três vertentes: Resiliência, Transição Climática e Transição Digital.
A dimensão Resiliência está ligada ao incremento da capacidade de resposta e de superação, no que concerne à situação que vivemos atualmente e aos desafios futuros, e dela constam nove Componentes que visam reforçar a resiliência social, económica e territorial de Portugal. Dentre estes salienta-se, para a área da educação, a Componente 6 – Qualificações e Competências.

O RE-C06-i01: Modernização da oferta e dos estabelecimentos de ensino e da formação profissional prevê um investimento de 710 Milhões de euros, parte deles destinado à criação de 365 Centros Tecnológicos Especializados (CTE), em estabelecimentos com oferta de ensino profissional, sejam públicos ou privados. No aviso de abertura de concurso foi clarificado que esta criação decorreria de 2022 até 2025 e dos 365 CTE previstos, 115 seriam centros industriais (1,7M€), 30 centros de energias renováveis (1,2M€), 195 centros de informática (1,1M€) e 25 centros digitais e multimédia (1,4M€).
O grande objetivo dos CTE é instalar ou modernizar os espaços e equipamentos existentes nas escolas com ensino profissional, tornar atrativos estes cursos de dupla certificação, aumentando a qualificação da mão-de-obra, principalmente nas áreas emergentes, e modernizar a oferta formativa alinhada com a modernização do sistema produtivo.

O número de centros a criar por região (CIM/AM/NUTIII) foi previamente definido e o processo decorrerá em três fases, até 2025. Na NUT III – Alto Minho, onde o Agrupamento de Escolas de Monserrate se localiza, foram previstos criar, no total, 8 centros: 2 industriais, 4 de informática, 1 digital e 1 de energias renováveis, sendo que 3 são para escolas privadas e 5 para escolas públicas.
O Agrupamento de Escolas de Monserrate concorreu, nesta 1ª fase de candidaturas, a dois CTE, industrial e informático, relacionados com a grande maioria dos seus cursos profissionais – Técnicos de: Turismo Ambiental e Rural, Mecatrónica, Eletrónica Automação e Comando, Gestão, Manutenção Industrial, variante de Eletromecânica e Gestão dos Equipamentos Informáticos.

Pelos dados disponíveis neste momento, sabemos que as duas candidaturas realizadas mereceram o parecer positivo por parte das entidades que constituíram o júri: Agência Nacional para a Qualificação e o Ensino Profissional, I.P., o Instituto de Gestão Financeira da Educação, I. P. e uma bolsa de peritos composta por especialistas das áreas formativas dos CTE. Tendo em linha de conta que nesta 1ª fase só estão propostos para aprovação a nível nacional 104 CTE, e que nesta NUT III só estavam previstos 8 CTE, é com grande orgulho que este Agrupamento acolheu a notícia do parecer positivo das duas candidaturas.
Numa era de grande mutação tecnológica e com grandes desafios em termos da competitividade e da transição climática e digital, a modernização dos espaços e equipamentos da escola, será uma grande mais-valia para a escola e a sua comunidade educativa.
Por outro lado, a aposta no aumento da qualificação dos jovens e adultos (apostando também na aprendizagem ao longo da vida) propiciarão a inovação e a criatividade, motores do desenvolvimento da região.