‘Spoofing’ e a Vulnerabilidade das Comunicações
Voz à Saúde
2023-01-28 às 06h00
Estamos a assistir a inúmeros episódios no Governo, de muitas demissões, amnésias, suspeitas de corrupção, incongruências, mentiras e suspeitas de tráfico de influências. Estes preocupantes episódios desgastam o Governo e desmoronam a maioria absoluta que o Partido Socialista conquistou. Retiram credibilidade à política e aos políticos.
A má gestão política, a falta de medidas sérias e a real resposta às necessidades das Populações e das diferentes classes profissionais que mantêm as instituições em funcionamento – como é o caso dos Enfermeiros no SNS e dos Professores na Educação – estão a provocar uma insatisfação e agitação social em crescendo. Os grupos inorgânicos ganham espaço.
Nos Enfermeiros, a não contagem de tempo e uma “desorganizada” atribuição de pontos, está a provocar desigualdades e injustiças, deixando Conselhos de Administração a tomar medidas díspares do que devia ser uniforme para todos os Enfermeiros. A ACSS e o Ministério da Saúde não conseguem criar um documento claro, orientador e imperativo, para que não se criem dúbias interpretações aos CA das instituições, na aplicação do DL 80-B/2022 de 28 de Novembro, do reconhecimento e pagamento das progressões decorrentes desta contagem de tempo. Obriga a que Enfermeiros partam para processos judiciais, para fazer valer os seus direitos, o que poderia ser evitável, se houvesse clareza nos diplomas e nas medidas subjacentes. Com isso, aumentam as injustiças e o desagrado, levando a que “Grupos Inorgânicos” e Sindicatos comecem a agendar greves.
Os Professores estão insatisfeitos, também pela não contagem de tempo de serviço e pela permanente mobilidade, injustiça e falta de vinculação aos Quadros das Escolas. As greves e manifestações, demonstrações claras do descontentamento existente, têm marcado o quotidiano destes últimos meses.
Se por um lado o Governo não reconhece a contagem de tempo em efectivo trabalho, que aconteceu mesmo, então seria justo, pelo mesmo princípio, que o Governo reembolsasse os descontos efectuados, no respectivo tempo de serviço, que não reconhece, nem quer contabilizar.
A inflação tem retirado poder de compra aos Portugueses, que têm rendimentos e salários baixos. A carga fiscal é avassaladora. A arrecadação de impostos é enorme, mas os Portugueses não sentem retorno desses impostos, na implementação de medidas corretivas do Governo. Antes pelo contrário, acontecem é indemnizações de 500.000 € e 1,2 milhões € às saídas da TAP, rios de dinheiro para o Novo Banco e 4,2 milhões € para um altar, mas para a Saúde e Educação, nunca há dinheiro disponível. O custo da energia, quer doméstica, quer para a indústria tem valores exorbitantes.
O cabaz de compras de bens essenciais aumentou significativamente os preços. Mas o Governo Português, não foi capaz de introduzir medidas de alteração e diminuição do IVA, tal como fez o Governo de Espanha.
O Primeiro-Ministro Dr. António Costa, já não governa, já não tem mão no seu Governo. O Dr. António Costa mostra as suas fragilidades na condução do Governo. Há Ministros fragilizados com suspeitas grandes de corrupção, como é o caso do Dr. Fernando Medina. Há ex-Ministros que mentiram ao País, ao Parlamento e ao Sr. Presidente da República. Agora que já saíram do Governo, admitem que conheciam e se calhar autorizaram, digo eu, as indemnizações chorudas da TAP! Que incongruência e que deslealdade com o Povo Português!
O Sr. Presidente da República, que maquiavelicamente, vai triturando os membros do Governo em lume brando, criando intrigas e factos políticos em praça pública, criando também instabilidade, foi o mesmo que andou no passado recente com este Governo ao “colo”. Tem muita responsabilidade na situação actual que se vive!.
O acesso aos Serviços de Saúde, estão dificultados. Os Pais já não podem ver nascer os seus filhos, na terra onde desejam. À custa do definhar do SNS, crescem os privados e seguros de saúde. Face à instabilidade das Escolas públicas, começam a esgotar as vagas nos Colégios e Escolas privadas.
Sendo este, um Governo de esquerda, é precisamente com ele que, a degradação dos serviços públicos acontece e deixam de dar respostas às necessidades do comum Cidadão.
O Património público degrada-se, as estradas sem manutenção tornam-se perigosas e o potencial de insegurança e de ocorrências de acidentes, aumenta.
Caminhamos a passos acelerados para a desagregação do Governo. Parece-me que a Sociedade Portuguesa será chamada a muito curto espaço, a fazer novas escolhas em acto eleitoral, o que estagnaria o país, as instituições, a economia e os novos investimentos, criando adiamentos e prejuízos irreparáveis. Mas também, com o estado actual das coisas, não estamos bem!
Estará condenado o Povo Português a viver, sempre, num Portugal pobre?
Mal governado?
Perdendo riqueza e desbaratando oportunidades?
01 Outubro 2024
17 Setembro 2024
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