O fim da alternância
Ideias Políticas
2020-02-11 às 06h00
Terminou, este fim de semana, com a entronização do Presidente do PSD Rui Rio e dos órgãos nacionais, a disputa eleitoral no maior partido português. Foi uma eleição disputada a três, com resultado tangencial, mas livre e democrático. Ganhou Rui Rio. Foi uma eleição. Não foi um combate. Foram eleições; não foi um desafio. É assim na democracia: quando há eleições, e no PSD há de dois em dois anos, confrontam-se ideias, estratégias e projectos políticos.
É conhecida a minha profunda divergência com a direcção nacional do meu partido. Por razões várias que são também públicas. Mas sobretudo, aponto apenas a principal, porque considero que a estratégia que tem liderado o PSD o tem conduzido à irrelevância eleitoral e a um papel subalterno que não pode ser o do maior partido português.
E não pode ser porquê?
Porque o PSD é o partido reformista Português. É o Partido que teve a coragem de romper e projectar o país, pensando sempre nas novas gerações. É o Partido da economia de mercado, que defende um Estado forte e regulador. É o Partido que defende a iniciativa privada e promove a igualdade de oportunidades. É o Partido do Estado Social e não do estado assistencial. O PSD tem que conduzir a sua acção política para transformar a vida da sociedade, para levar a felicidade a cada um dos portugueses. Combater a pobreza. Combater os privilégios injustificados e a corrupção. Descobrir novas causas e novos desafios. Este tem que ser o PSD ao serviço de Portugal.
Mas o Congresso acabou. Não penso diferente do que pensava há um mês atrás. Não sou nem hipócrita, nem seguidista. Sei sempre por onde vou e com quem quero ir. Posso-me enganar. Posso estar errado. Mas respeito sempre aqueles que pensam de forma diferente de mim. Foi sempre assim na minha vida política. Já estive sozinho em muitos momentos partidários. Isolado nas minhas convicções. Mas preferi sempre isso, a vergar nos meus princípios.
Nos últimos dois anos, criou-se a percepção (e a política tantas e tantas vezes é percepção…) que fiz parte de um grupo organizado que infernizava a vida do Presidente do PSD. Como se pensar diferente e dizê-lo nos órgãos próprios fosse um inferno.
E isso, eu sei, prejudicou a imagem e a força que o PSD precisa para ganhar a confiança dos Portugueses. Um dia, ou não, se perceberá a quem convinha esse mito.
E como o Congresso acabou, também a minha participação na vida partidária nacional do meu partido finda. O meu desejo é que Rui Rio seja capaz de mostrar ao país que pode nele confiar e, a mim, que estava profundamente equivocado. Quero, pois, o sucesso do meu PSD. E o sucesso do PSD é o sucesso de Rui Rio.
Boa sorte PSD. Porque Portugal precisa.
19 Março 2024
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