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Fibrilhação Auricular – quando o coração está fora do ritmo

A responsabilidade de todos

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Voz à Saúde

2018-11-27 às 06h00

Joana Afonso Joana Afonso

A Fibrilhação Auricular (FA) é a arritmia crónica, ou seja, a alteração de ritmo dos batimentos do coração, mais comum no ser humano. De acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia, estima-se que, no nosso país 6% de toda a população com idade superior a 50 anos apresente o quadro de FA.
Caracteriza-se pelo aparecimento de batimentos do coração de forma irregular, frequentemente mais rápidos, fazendo com que o sangue não seja devidamente bombeado para o resto do corpo, levando à formação de trombos. Estes podem soltar-se, entrar na corrente sanguínea e provocar o entupimento das artérias, levando, por exemplo, ao aparecimento de Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) vulgarmente designados por Tromboses. A FA chega mesmo a aumentar o risco de um AVC em 5 vezes, em 3 vezes o risco de aparecimento de um quadro de insuficiência cardíaca, em 2 vezes o risco de demência e, ainda, em 2 vezes o risco de morte.

De salientar que, os fatores de risco mais frequentes dizem respeito à idade avançada, com igual prevalência entre homens e mulheres, à presença concomitante de hipertensão arterial, de diabetes ou de insuficiência cardíaca.
Os principais sintomas de FA correspondem à perceção dos batimentos do coração, frequentemente de forma acelerada (palpitações), à falta de ar e intolerância progressiva ao esforço e à dor e desconforto sentidos no peito. No entanto, é de referir que, a doença pode evoluir de forma quase silenciosa, razão pela qual, deve, periodicamente, consultar o seu Médico de Família que, através da palpação do pulso e auscultação do coração poderá suspeitar, atempadamente, do quadro clínico de FA. Regularmente, o diagnóstico é estabelecido através da realização de um eletrocardiograma, podendo ser necessária uma avaliação com a duração de 24 horas para o esclarecimento do diagnóstico. Será, ainda, requerida uma avaliação cardiovascular mais completa para despistar a presença de doenças associadas.

Os objetivos do tratamento passam por prevenir o AVC, controlar a frequência cardíaca, restaurar e manter o ritmo saudável do coração, melhorar os sintomas, prevenir a evolução para insuficiência cardíaca e prolongar a esperança de vida. Desta forma, o tratamento terá que ser individualizado, podendo variar desde fármacos que controlem a arritmia até tratamentos minimamente invasivos com implantação de dispositivos como o pacemaker. Todos os doentes com FA têm indicação para iniciar terapêutica crónica anticoagulante, correspondendo a fármacos que tornam o sangue mais fluído, diminuindo a formação de trombos e, consequentemente, diminuindo a mortalidade da doença.

Em caso de dúvida não hesite em procurar o seu Médico Assistente, ele saberá como o orientar de uma forma atempada e eficaz.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua saúde!

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