O fim da alternância
Ideias Políticas
2020-02-04 às 06h00
As linhas com que se traça agenda política na actualidade tem surpreendido as gerações instaladas no poder político. Arroga-se a renovação geracional, a necessidade de uma mudança de paradigma com o objectivo de resgatar a confiança dos eleitores, mas na prática com os actores de sempre e a vontade dos mesmos. Mas desde o fim de semana passado que o povo português acordou para uma nova realidade e com uma esperança reforçada no futuro, com a eleição do jovem, mas maduro, líder do CDS-PP Francisco Rodrigues dos Santos. Inacreditavelmente, foi um partido conservador, a iniciar a chicotada psicológica junto dos portugueses e a fazer voltar a acreditar numa nova direita capaz de se impor ao socialismo e ao comunismo instalado.
O CDS entra assim num novo ciclo político, com novos protagonistas, uma nova energia e com vontade de marcar a diferença na discussão do País e das famílias portuguesas. Ainda assim, há um árduo trabalho para construir as pontes necessárias entre as diversas sensibilidades e gerações. Os desafios são tão grandes, como tão grandes são as responsabilidades para tomarmos a percepção que um novo mundo nos espera fora da bolha partidária. Atitude é um pequeno pormenor que fará toda a diferença na hora de nos apresentarmos aos eleitores. Teremos de contar com todos, especialmente com humildade daqueles que tem de reconhecer a necessidade de iniciar o processo de transição, tendo a consciência, que apenas vingará, junto dos concidadãos, os políticos com pensamento estruturado, não aqueles que governam de improviso ou em cima do joelho, aqueles que têm ambição, mas não estão na política pelos lugares mas sim pela missão que lhes pode ser confiada na autarquia ou no País.
Os portugueses estão fartos da trica partidária, dos unanimismos instalados e dos pluralismos de fotografia. A crítica e a partilha de visões distintas é um factor decisivo no desenvolvimento do pensamento político e a abertura do partido à sociedade civil será o único meio de agregar e acrescentar valor no programa a que nos propomos.
A direita portuguesa vive um momento difícil de afirmação, espero que não aja uma tentativa suicida das estruturas locais, procurarem construir muros de retenção à nova liderança e aos novos protagonistas, porque dessa forma apenas estão a cavar o seu próprio funeral. Este é o momento de convergir numa estratégia conjunta Por Portugal!
19 Março 2024
19 Março 2024
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