Os bobos
Escreve quem sabe
2020-10-25 às 06h00
Há um ditado popular que refere que a “cisma é pior do que uma doença”. Pensar “muito”, faz mal. É inevitável, não pensarmos nas situações menos positivas que nos acontecem diariamente. Problemas que não se circunscrevem apenas à “esfera” trabalho. No decorrer do dia é mais fácil conseguir-se abstrair das situações que incomodam independentemente de se estar mais ou menos stressado/a. Assim, já no regresso a casa, e fazendo uma retrospetiva e análise do dia tendemos a auto-centrar e a ficar nervosos/as devido ao pensamento em afazeres que já deveriam estar prontos, também a lembrança imediata da forma como determinada pessoa abordou em determinado local (porque há pessoas que tem humores muito difíceis)”, e todas as situações previstas e não realizadas e até as situações não planeadas que surgeme que há resolver. Todavia é período de descanso, nomeadamente à noite que uma sintomatologia ansiosa e nervosa prevalece. É nesta fase do dia que deveríamos estar mais relaxados mas não acontece. Desgastamo-nos com esses pensamentos automáticos (memorias ativas que não desejamos pensar, mas que inevitavelmente o nosso cérebro ativa ) e acaba-se por não descansar devido às preocupações. Caracteriza-se por um mau-estar generalizado que passa por um misto de emoções (cada caso é um caso), sensação de medo no sentido “E agora o que faço?”, paralisado/a em tomar decisões , por exemplo “Converso ou não converso?”, stressado/a, hiperventilação ( respirar de forma rápida e a respiração não sendo adequada cria a ilusão de uma dificuldade respiratória “falta de ar” que com o stress torna-se mais evidente), sensação de cansaço mental, cansaço físico, sensação de aperto, vontade de não fazer nada, dificuldade em dormir, compulsão alimentar entre outros sinais. Tudo isto, são sintomas de ansiedade. Em primeiro lugar convém perceber que não adianta se desgastar emocionalmente nesse período, porque durante a noite não se resolve problemas. Pode sim , pensar no “melhor caminho ou decisão” mas por um curto espaço de tempo. Passar sem dormir é que não. Uma boa notícia é que a maior parte destes problemas e dificuldades do dia-à-dia resolvem-se sozinhos e portanto “cismar” não é o caminho. Pense, quantas vezes, se chateou com o seu chefe e durante a noite mal dormiu, e no dia seguinte, o seu chefe abordou-o normalmente? Quantas vezes, teve de entregar algo dentro do prazo e não consegiu e a situação bem explicada e a “quem de direito” acabou por não lhe trazer complicações? Isto porque nem sempre as situações se devem resolver na hora. Os problemas também tem o seu timings. Então porque sofre? Um aspeto a realçar , hà situações que estão ao alcance outras não. Certamente que conhece a expressão popular, “Acordar mais cansado do que o que se deitou”. Esta expressão refere-se ao cansaço mental fruto de pensar em demasia nos problemas. Infelizmente não temos um botão que nos permite desligar o pensamento de memórias, no entanto, existem algumas estratégias. A primeira passa por ocupar a sua mente. Quanto mais ativo/a estiver nos seus afazeres, automaticamente relegará para segundo plano as memorias que lhe causam stress. Se o problema estiver relacionado com algum projeto do trabalho, há que dedicar primeiro “um tempo” a si, até ficar ou sentir-se bem. Porque o trabalho flui melhor quando se está mais calmo/a. A título de exemplo, suponha que tem de fazer um relatório e está ansioso porque não consegue escrever, pois as ideias não fluem. Disfrute de um dia só para si e no dia seguinte inicia o relatório. Vai perceber que se sentirá diferente. Sente-se com medo? Nada como dividir as preocupações e sentimentos com um/a amigo/a de confiança. A amizade também é outro lado do amor. Partilhar as angústias com um/a amigo/a é um verdadeiro ansiolítico emocional. Já lhe aconteceu certamente falar e até se rir e esquecer-se por completo do problema que originou o telefonema. Zangou-se ou chateou-se com alguém? É simples. Converse. Exponha o seu ponto de vista. Uma conversa franca e honesta é a matriz das relações humanas. Não é por reconhecer ou tomar a iniciativa que o/a faz “menos pessoa”, muito pelo contrario, é ter personalidade. A vida pode parecer uma “luta”, mas não é de todo, há sempre um caminho a seguir, mesmo que nem sempre o vejamos. Escolha as suas batalhas.
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