Maravilhas Humanas
Escreve quem sabe
2025-03-09 às 06h00
Somos (im)perfeitos por natureza e moldados pelas experiências de vida únicas e subjetivas de cada um. Vivemos momentos de alegria, mas também enfrentamos desgostos e si- tuações inevitáveis. São as regras da vida para todos. Oscilamos entre o “dever de fazer” (sentimento de obrigação) e o “querer”. Mas afinal, querer ou não querer? Eis a questão! Quantas vezes deixamos para trás aquilo que realmente desejamos devido a compromissos indesejados, situações desgastantes ou pela priorização de pessoas que, no fim, constatámos que não pensam da mesma forma? Ou seja, a empatia nem sempre é recíproca. A felicidade é vivida de forma individual, mas também em grupo, partilhada com outras pessoas. Repare na quantidade de alegrias que partilha com a família, amigos ou colegas de trabalho. Inúmeras vezes! Mas não é possível estar sempre na “linha da frente” a ajudar e, ao mesmo tempo, deixar de lado aquilo de que realmente gosta. E quando precisa, quantas vezes se apercebe, de que não está ninguém presente para o/a “aplaudir”? A felicidade é bilateral: dá-se e recebe-se. Mas quando é unilateral, muitas vezes transforma-se numa obrigação, em que se faz para não desiludir, para “ficar bem” ou para não ferir suscetibilidades de outras pessoas.
A incerteza sobre o que pode resultar de um simples “não quero” faz com que a pessoa evite assumir o risco de tomar uma decisão baseada no que realmente deseja. Mas, no fim, a única pessoa que desilude é a si próprio/a, e não outras pessoas. Se a felicidade dependesse dos outros, quantas pessoas não viveriam infelizes? Talvez fossem muito poucas as que realmente se importariam. Por isso, a primeira pessoa a importar-se consigo deve ser, você mesmo/a. Isto não significa que se deva ignorar os outros e fazer apenas o que “apetece”. Vivemos em sociedade e precisamos uns dos outros. Mas talvez a resposta certa esteja no equilíbrio das decisões, isto é, saber o que se quer, estabelecer limites saudáveis e perceber que, para se “estar bem”, também é essencial satisfazer os próprios desejos. Certamente já ouviu a expressão popular "Ninguém agrada a todos". Agradar não é sinónimo de ser aceite. Muitas vezes, temos receio de que os outros se aborreçam e deixem de interagir connosco. Mas já pensou que, se alguém deixou de "interagir" (de falar, de convidar, de estar disponível), talvez essa interação só existisse pelo que você tinha a oferecer, e não pelo que você realmente é? Neste sentido, procure, diariamente, perceber o que realmente o/a faz feliz, de forma genuína e verdadeira. A felicidade não está relacionada com o que os outros acham melhor para si, mas com aquilo que é importante para si. Lembre-se: você é a única pessoa que passa 365 dias ao ano, ano após ano, na sua própria companhia. Procure perceber, o que realmente deseja. Não se anule. Escolha-se a si próprio/a na sua checklist do autocuidado. Se precisar de recomeçar, recomece. Se precisar de se afastar do que já não lhe acrescenta, afaste-se. Outras pessoas virão, novos caminhos, novos desafios e muitas conquistas. E, quando tiver dúvidas, questione-se se as pessoas estão tão disponíveis para si da mesma forma que está sempre disponível para as mesmas. Somos o reflexo das marcas positivas e negativas que os outros deixam em nós, e vice-versa. Por fim, toda a atenção que dedica aos outros, gentileza, ser agradável, atencioso/a, compreensivo/a, empático/a, seja também para consigo em primeiro lugar. Você quer, você pode!
18 Abril 2025
15 Abril 2025
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