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Ensino profissional – uma boa aposta

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Ensino profissional  – uma boa aposta

Voz às Escolas

2020-06-15 às 06h00

Hortense Lopes dos Santos Hortense Lopes dos Santos

Estamos a terminar o ano letivo, em condições completamente diferentes do habitual. Já temos alunos na escola, mas a maioria só regressará em Setembro, no novo ano letivo.
Os alunos e as suas famílias devem, neste regresso à escola, sentirem-se confiantes e acreditarem na fiabilidade das ofertas formativas disponibilizadas para o próximo ano letivo. No Agrupamento de Escolas Carlos Amarante, apesar da vontade de inovar, mantemos a robustez da nossa proposta educativa e formativa, consolidada num histórico e experiência de dezenas de anos a preparar os jovens para ingressar no trabalho e nas empresas. Nas últimas décadas, o mundo do trabalho tem evoluído num ritmo acelerado. As mudanças em curso fazem com que o ensino e formação profissional tenham um papel fundamental na capacitação dos jovens e adultos com as competências e qualificações necessárias para, simultaneamente, entrar no mercado de trabalho e gerir com sucesso as suas carreiras profissionais.
A demanda dos empresários pela “mão-de-obra qualificada” já vem de longa data e esta questão terá que ser resolvida através da qualificação dos jovens nas modalidades de ensino de dupla certificação. É reconhecido que um dos contributos do ensino e formação profissional é facilitar a entrada dos jovens nas empresas, o que se torna mais relevante sempre que a escolha de um curso profissionalizante tem em conta as necessidades de qualificações profissionais do território.
O ensino e formação profissional, ao permitir uma transição mais rápida para o mercado de trabalho, constitui uma solução para o desemprego jovem e o abandono escolar. Contudo, há ainda um enorme trabalho a realizar na promoção do ensino profissional e das diversas profissões. É fundamental continuar a intervir na sensibilização dos jovens e das famílias na dignificação de determinadas atividades profissionais: trabalhar numa indústria metalomecânica é tão interessante como trabalhar numa empresa de serviços. Geralmente, a indústria até proporciona empregos mais estáveis e a experiência permite, naturalmente, a progressão na carreira. 
No presente ano letivo no AE Carlos Amarante, os professores que lecionam no ensino básico estão em teletrabalho, a implementar o plano de ensino a distância que foi sendo consolidado. Vamos terminar o ensino remoto a 26 de junho, e por esta altura imensos jovens, que estão prestes a concluir o 3º ciclo do ensino básico, deparam-se com uma questão: E agora, o que vou fazer no ensino secundário?
Tendo à sua frente todo um mundo de oportunidades, aproxima-se a hora de cada aluno, conjuntamente com a sua família, começar a definir o seu percurso, selecionando as áreas de estudo que mais lhe interessam, dentro do enorme leque das que são disponibilizadas. Cada jovem deverá procurar o apoio dos psicólogos escolares, dos professores e dos seus familiares e amigos para esclarecer todas as dúvidas e indefinições que ainda persistam.
Não temos dúvidas, que o Agrupamento de Escolas Carlos Amarante será uma boa aposta, dado que tem mais de oito opções para frequentar o ensino secundário. Além dos quatro cursos científico-humanísticos (Ciências e Tecnologias, Línguas e Humanidades, Artes Visuais e Ciências Socioeconó- micas), com uma riquíssima diversidade de disciplinas na matriz curricular que nos encontramos a enriquecer e na qual destacamos a disciplina de Mandarim, temos ainda quatro cursos profissionais, de dupla certificação e de diferentes áreas de educação e formação que vão desde as Ciências Informáticas, a Eletrónica e Automação, a Metalurgia e Metalomecânica e o Desporto. Assim, poderá escolher a entrada na vida ativa como: Programador/a de Informática, Técnico/a de Eletrónica, Automação e Comando, Técnico de Produção em Metalomecânica – variante de Programação e Maquinação e Técnico/a de Desporto, ou prosseguir estudos.
Posteriormente, se pretender frequentar um curso superior, salienta-se a alteração das condições de acesso para os alunos provenientes dos cursos profissionais. Cada instituição de ensino superior, no respeito da sua autonomia, poderá desenvolver concursos tendo por base as notas e competências adquiridas pelos alunos, eliminando os exames adicionais. Esta medida pretende alargar a base social de participação no ensino superior, garantindo um processo efetivo de convergência com a Europa até 2030 e trilhando o percurso para atingir nesse ano um nível de 60 % dos jovens com 20 anos que participam no ensino superior e um nível de 50 % de diplomados na faixa etária dos 30-34 anos. Surge na sequência de uma recomendação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), de que o sistema de acesso ao ensino superior fosse revisto no sentido de se adaptar à diversidade de estudantes provenientes do ensino secundário e de avaliar adequadamente o tipo de competências dos mesmos, eliminando a desigualdade que atualmente se verifica entre os estudantes que realizam o nível secundário na via científico-humanística e nas vias profissionalizantes. Foi finalmente removida a injustiça que obrigava aos alunos do ensino profissional a realizarem exames em matérias que não faziam parte do seu currículo.
Certos que farão uma aposta consciente, esperamos pelas escolhas dos alunos para iniciar em Setembro uma nova etapa, plena de confiança e sucesso!
Com a colaboração de Eusébio Fertusinhos,
sub-director do AE Carlos Amarante.

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