Organizada em temáticas plurianuais, envolve-se a comunidade André Soares em torno de atividades que enriquecem o currículo e a vida dos seus alunos, sabendo quanto isso representa na vida dos jovens em crescimento, em procura de conhecimento, em formação.
O plano anual de atividades desenrola-se em dimensões tão fulcrais na formação dos alunos, como a leitura e todo o seu contributo para o enriquecimento pessoal e organizacional, a sustentabilidade, a saúde, a ciência, a arte, o desporto, a comemoração de datas relevantes, as quadras festivas, as tradições, os festejos municipais e nacionais, a segurança, a afetividade, a solidariedade, a criatividade…

O trabalho em sala de aula, as aprendizagens que aí se desenvolvem, são mais reais quando complementadas com experiências concretas. O envolvimento em projetos, cujo produto é palpável, torna-os mais seus, mais duradouros, mais credíveis. Desde os mais pequeninos, cada vez mais ativos e participativos, aos que se aproximam do ensino secundário, é tão bom testemunhar a sua alegria quando se envolvem, de facto.
Escrever umas linhas sobre esta temática tem por objetivo realçar a importância das visitas de estudo e do empenho dos seus professores, que os acompanham com uma dedicação extrema. São inúmeras as saídas, as participações em torneios desportivos, em concursos artísticos e literários, as visitas a museus, jardins, centros históricos, locais emblemáticos, espaços de intervenção e promoção de saúde e ambiental, enfim… a tantos espaços, a tantos lugares onde se consolidam aprendizagens, que se iniciam em sala de aula.

Ainda na semana passada se realizou uma viagem de finalistas André Soares a Lisboa, para assistirem à representação do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, no Mosteiro dos Jerónimos, e visita aos monumentos nas imediações, realçando-se o texto dramático em Gil Vicente e os Descobrimentos Portugueses, numa perspetiva intertextual com Luís de Camões e Fernando Pessoa. E ainda para visitarem o Pavilhão do Conhecimento, dando oportunidade aos alunos de explorarem módulos interativos, com diferentes áreas temáticas da Física e Ciências Naturais. Exploração de circuitos elétricos, máquinas de rabiscos, aviões de papel, pinturas com luz, máquinas de berlindes, tubos de vento, fisgas gigantes e mega estruturas, slide e escalada em contextos ideais para complementar aprendizagens curriculares.

Estas atividades são propostas por grupos disciplinares, englobando sempre mais do que uma disciplina ou área disciplinar, enquadrando na abordagem as unidades didáticas em estudo. São visitas que se revestem de profundo interesse pedagógico. Mas nem só de interesse pedagógico, se pensarmos que muitos dos alunos não terão muitas oportunidades de realizar estas saídas, de fazer estas visitas, umas mais longe outras mais pertinho, de ter estas experiências, as quais se revestem de mais interesse e são mais enriquecedoras, quando vividas em conjunto com os seus pares e os seus professores. Professores que se dedicam, sem limite, para que estas iniciativas se desenvolvam sem qualquer erro, sem qualquer falha. Que assumem esta grande responsabilidade de sair com crianças e jovens, que sentem a alegria de com eles partilhar bons momentos, que são também motivo de criação de maior empatia, de melhor relacionamento entre os que desenvolvem tantas e tão fundamentais aprendizagens – professor e aluno.
Assim se faz melhor escola!