Correio do Minho

Braga,

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Educar para um mundo melhor

Os nomes que me chamaram

Voz às Escolas

2015-09-14 às 06h00

Maria da Graça Moura Maria da Graça Moura

Setembro representa o fim das férias! Para os alunos, depois de muitos dias a acordar tarde e a alternar entre jogos, passeios, praia, esplanada, saídas à noite, concertos, conversas com os amigos, chegou a hora de pensar no regresso às aulas. O primeiro dia de escola é sempre marcado por uma miscelânea de emoções porque representa a oportunidade de rever os amigos, conhecer novos colegas, compartilhar as experiências das férias, o que provoca sempre ansiedade nos primeiros dias.

Para a Escola, a abertura do ano letivo, é sempre um momento muito importante na vida desta grande comunidade. É o encontro/reencontro da Escola consigo própria, com os seus públicos, com as suas realizações, os seus sucessos, com os seus projetos, com o seu futuro. Cada recomeço representa um novo ciclo, assumindo o seu papel mais importante, de ensinar, informar, apoiar, incentivar e, sobretudo, a sua condição de fomentar o desenvolvimento afetivo, emocional e social, procurando otimizar o potencial de cada aluno com o objetivo de o conduzir ao sucesso na escola e na vida.

É nesta perspetiva que o Agrupamento de Escolas André Soares se assume pronto e preparado para arrancar mais um ano letivo.
E tudo parece bem!
Mas vivemos tempos perturbadores! A situação dos refugiados intimida-nos, assusta-nos!

Desde a II Guerra Mundial que não se verificava um êxodo desta magnitude. Forçados a deixar o país, a casa, o emprego, a família, os amigos, milhares de pessoas como nós, carregam mil dores e, sem ânimo para enfrentar os infortúnios da fuga, deambulam pelo mundo a esmolar liberdade, acolhimento, apreço, emprego, educação, saúde.

As contingências impostas pelas guerras, opressões e perseguições, empurrou-os para um processo de desumanização e marginalização que os forçou a serem cada vez mais diminuídos como pessoas, quase farrapos humanos. Ver bebés e crianças a sofrer, a passar fome, frio e horrores de medos, causa-nos um mal-estar infinito, um aperto pesado no coração e leva-nos a refletir sobre o modelo de educação que estamos a desenvolver no mundo civilizacional.

Acolher refugiados é um imperativo humanitário, ao qual não se pode ficar indiferente. Não faz sentido que o mundo seja mais globalizado para tudo - dinheiro, bens, serviços, turismo - exceto para os cidadãos. Esta urgente necessidade de encontrar respostas adequadas à dimensão da realidade leva-nos a acreditar que a educação é parte da estratégia humanitária para situações de emergência. As escolas estão prestes a ser confrontadas com novas realidades e não estão preparadas para lidar com tais situações.

Para facilitar a integração das crianças refugiadas nas escolas, é importante que se proceda a uma revisão cuidadosa dos materiais pedagógicos e se elaborem novos materiais e metodologias que tenham em conta as diferenças culturais. Temos de nos preparar para a “cultura do encontro”, a única capaz de construir um mundo mais justo e fraterno, um mundo melhor!

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