O fim da alternância
Ideias Políticas
2022-05-17 às 06h00
A luta contra o domínio de uns sobre os outros é antiga. Esta é uma disputa pela liberdade, mas também pela igualdade de oportunidades.
Mas o que é a liberdade?
Será a liberdade concretizarmos o que desejamos a cada instante? Ou será uma conquista repleta de momentos de constrangimento, fundamentais para vivermos outros de plena liberdade? Será que, como disse Léon Tolstoi, a liberdade não é um fim, mas uma consequência?
Exercemos a nossa liberdade através das nossas escolhas, porem não escolhemos como vamos nascer ou como vamos ser. E não escolhemos a família ou o lugar onde crescemos. Não escolhemos praticamente nada, e às vezes é tão bom não ter de escolher.
Porem cada escolha pode também tornar-se numa prisão. Será a nossa liberdade limitada a escolher as prisões em que queremos viver?
Considero que somos livres e que a nossa liberdade condena-nos a tomarmos decisões durante a vida toda. Ou seja, a liberdade deve ser sempre associada à noção de responsabilidade, porque ser livre implica agir em consciência, assumindo os nossos atos e respondendo por eles.
Mas, para que possamos maximizar a liberdade será sempre importante assegurar oportunidades iguais para todos, especialmente para os mais desfavorecidos.
Não seremos plenamente livres enquanto a democracia, a educação, a saúde, a segurança e a justiça não chegar a todos da mesma forma e assim condicionar as escolhas de cada um.
Desta forma é crucial investir em educação porque sem um povo educado, trabalhador, cumpridor, ético, e responsável será difícil manter a liberdade, uma vez que esta só sobreviverá com uma coexistência pacifica entre indivíduos. Para tal, é importante nunca desistirmos de pensar em novos modelos e programas de educação que libertem mais as nossas capacidades, nomeadamente criativas e intelectuais, mas também emocionais e democráticas.
A liberdade também está associada a assuntos polémicos como a eutanásia, o aborto, a legalização das drogas leves e da prostituição. Ao analisarmos estes temas devemos sempre pensar nas consequências que uma escolha individual livre tem para a sociedade como um todo, medindo prós e contras num debate profundo.
Desta forma é necessária uma reforma na educação para formarmos seres humanos com emoções e com múltiplas valências e não máquinas formatadas para o mercado de trabalho. De forma a educar as futuras gerações para o exercício da empatia, cooperação e com ferramentas para viverem nestes tempos acelerados da atualidade, onde tudo muda de dia para dia. É necessário também alimentar o debate públicos para que a população reflita e potencie a maximização do exercício da liberdade e pensamento critico.
Termino deixando-vos uma frase de Jean Piaget para reflexão: “O principal objetivo da educação é criar pessoas capazes de fazerem coisas novas e não simplesmente repetir o que outras gerações fizeram.”
19 Março 2024
19 Março 2024
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