Correio do Minho

Braga, segunda-feira

- +

Dualidade de critérios

‘Spoofing’ e a Vulnerabilidade das Comunicações

Ideias Políticas

2024-07-30 às 06h00

Inês Rodrigues Inês Rodrigues

Iniciam-se os Jogos Olímpicos de Paris 2024 e aquilo que seria de esperar, a contribuição dos Jogos para a promoção da Paz e amizade entre os povos do mundo, não se veio a verificar.
Num momento em que enfrentamos uma situação internacional de grande complexidade, marcada pelo aumento das tensões e das guerras, os Jogos deveriam assumir um papel central na promoção ativa do espírito olímpico, aprofundando os valores da compreensão mútua, da amizade, da solidariedade entre os povos e do fair play.
Com a promoção dos conflitos na Europa, bem como no médio oriente, com a imposição do pensamento único e a caricaturização da Paz, surge uma inegável subversão daqueles que seriam os ideais basilares dos Jogos Olímpicos.

De nada adianta a afirmação da prática desportiva como um direito humano, se enquanto o fizermos ignorarmos completamente a morte dos mais de 300 atletas e pessoas ligadas ao desporto, vítimas da tentativa de limpeza étnica praticada pelo Estado de Israel, e a verdade é que a situação actual é mesmo esta. É uma situação na qual, apesar desta iniciativa ter como um dos principais objetivos a defesa da paz, de tudo se faz para camuflar a situação da Palestina. Os Jogos Olímpicos de Paris 2024 deixam, assim, muito a desejar no que toca à exigência de um cessar-fogo imediato na Palestina e da solução pacífica para todos os conflitos bélicos.

É incompreensível, também, o continuado condicionamento da participação de atletas de países como a Rússia ou a Bielorrússia, colocados de parte ou obrigados a negar a sua própria pátria, a partir de critérios exclusivamente políticos e não desportivos, numa clara e inaceitável violação dos Princípios Fundamentais do Olimpismo, situação agravada pela descarada dualidade de critérios demonstrada a partir do momento em que nenhum atleta de Israel é rejeitado ou sofre qualquer tipo de constrangimento perante a sua participação.

O que se exige é respeitar a Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas, de 23 de Agosto de 2013, que expõe o contributo do Desporto na educação, desenvolvimento, solidariedade e na promoção da Paz duradoura, baseada no respeito e no dialogo, resolução esta, que deveria colocar ao Comité Olímpico Internacional a responsabilidade de cooperar com todas as organizações internacionais de forma a colocar o desporto ao serviço da Humanidade, do desenvolvimento e da Paz.

Deixa o teu comentário

Últimas Ideias Políticas

Usamos cookies para melhorar a experiência de navegação no nosso website. Ao continuar está a aceitar a política de cookies.

Registe-se ou faça login Seta perfil

Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.




A 1ª página é sua personalize-a Seta menu

Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.

Continuará a ver as manchetes com maior destaque.

Bem-vindo ao Correio do Minho
Permita anúncios no nosso website

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios.
Utilizamos a publicidade para ajudar a financiar o nosso website.

Permitir anúncios na Antena Minho