Passado o Natal, esperamos pelo novo ano. Esta semana serve para olhar para o que fizemos e fazer planos para o que aí vem.
À medida que o ano de 2023 se aproxima, fica claro que vamos enfrentar tempos de grandes inquietações. Os últimos anos testemunharam crises globais, desde a pandemia à instabilidade política e agora a turbulência económica. Neste mundo cada vez mais volátil, as pessoas estão cada vez mais incertas sobre o que o futuro reserva. Isso levou a um sentimento generalizado de ansiedade e falta de confiança nas instituições e nos governos.
A pandemia teve um efeito particularmente prejudicial para a economia global. Muitos países sofreram graves recessões e desemprego em larga escala, o que provocou um aumento da pobreza e do fosso entre ricos e pobres. Além disso, a pandemia causou um declínio acentuado no comércio internacional, o que teve um impacto devastador nas cadeias de suprimentos globais e criou mais incerteza econômica. Em conjunto, isto criou pressões muito significativas na coesão social e exacerbou as tensões existentes em muitos países.

O ano de 2022 produziu um ambiente político cada vez mais instável. Por um lado, a guerra na Ucrânia, que se pensou poder durar poucos meses, não tem qualquer fim à vista. Por outro lado, muitos países viram consolidar ou aprofundar as divisões políticas. Tudo isto intensificou ainda mais as tensões e contribuiu para uma sensação de insegurança.
A crise ambiental também é uma grande fonte de preocupação. Isto pelo possível impacto significativo em muitas partes do mundo, com eventos climáticos extremos que parecem ser cada vez mais frequentes. Além disso, a destruição contínua dos ecossistemas causou um declínio na biodiversidade e ameaça o futuro de muitas espécies.

Finalmente, a ascensão da tecnologia teve efeitos positivos e negativos. Por um lado, tornou a comunicação e o acesso à informação mais fáceis do que nunca. Por outro lado, criou um novo conjunto de desafios, como a privacidade de dados e a disseminação do discurso de ódio. Ao mesmo tempo, a erosão dos meios de comunicação tradicionais que acontece há décadas permite a disseminação de desinformação a níveis inimagináveis.
Diante de todas estas questões, parece claro que o novo ano de 2023 será um momento de grandes dúvidas e dificuldades.
Os desafios que enfrentamos são complexos e interrelacionados e será preciso ter consciência do esforço conjunto e adicional indispensável para os enfrentar, com todos a reconhecerem as sua responsabilidades. Antes de mais, são imprescindíveis as mudanças e nas ações da parte dos decisores políticos internacionais. Da nossa parte, seremos chamados a sacrifícios importantes na vida todos os dias. Só então podemos esperar criar um futuro mais seguro e próspero.