Poesia e Inovação
Voz às Escolas
2021-05-24 às 06h00
“Vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar,”
Sofia de Mello Breyner
Aproxima-se o dia 1 de junho, Dia Mundial da Criança, instituído em 1950, alguns anos após a II Guerra Mundial, com o objetivo de sensibilizar a comunidade internacional para a crise social que deflagrou no pós-guerra perante o confronto de milhões de crianças órfãs e abandonadas à sua sorte. 70 anos depois, continuamos a assistir através dos meios de comunicação social a imagens impressionantes de histórias de crianças e jovens vítimas inocentes de guerras, conflitos, ódios e perseguições. É chocante tanto sofrimento!
As notícias mais trágicas chegam de Cabo Delgado, em Moçambique, onde centenas de milhares de crianças foram forçadas a abandonar as suas casas e vivem separadas das famílias; a violência entre israelenses e palestinos continua sem tréguas; Gaza vive destruição e famílias inteiras são forçadas a abandonar a região; na Síria quase 2,45 milhões de crianças estão fora da escola porque as famílias estão deslocadas fugindo da violência; as crianças do Iémen precisam de assistência humanitária urgente; na Grécia os refugiados vivem terrivelmente devido às más condições, à violência e à falta de segurança nos campos.
E, quando uma pandemia devastadora coincide com estes indicadores destrutivos de guerras, conflitos, alterações climáticas, desastres e deslocações, as consequências para as crianças são sempre devastadoras. Se juntarmos a estas situações os relatos de crianças vítimas de tráfico humano, trabalho infantil, exploração sexual, violações, maus tratos, temos o quadro mais negro deste mundo real e percebemos que estamos perante um tremendo problema mundial: o esquecimento dos direitos das crianças. São direitos sagrados que é imperativo garantir a todas, sem exceção. Todas! Sem raça, cor, religião, origem social ou país de origem. Todas as crianças têm direito ao mesmo: amor, proteção, saúde, educação, alimentação, habitação.
Todas as crianças têm direito a uma infância segura e saudável para desenvolver o seu potencial humano num espírito de paz, dignidade, tolerância, pluralismo, respeito, justiça, igualdade, solidariedade, liberdade e diálogo.
No Dia Mundial da Criança nunca é demais realçar que as fundações para promover uma educação inclusiva, equitativa e plural são a democracia, os direitos humanos e a resolução de conflitos, no sentido de reconstruir a confiança entre as pessoas. Há muitos anos que este modelo educacional faz parte do quotidiano escolar, porque o projeto educativo do Agrupamento de Escolas André Soares apela ao comprometimento da comunidade educativa com uma cultura relacional, assente num conceito de paz positiva, construída um quadro de valores humanistas em que a solidariedade surge como suporte de todos os comportamentos individuais e coletivos.
Cada criança, jovem ou adulto da comunidade escolar, independentemente da idade, do sexo, do estrato social, crença religiosa ou origem cultural, tem o dever de contribuir para a construção de um mundo mais pacificado, de um mundo melhor!...
09 Junho 2025
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