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Ideias
2011-11-16 às 06h00
No último mês, ficou provado o que tenho vindo a dizer ao longo destas intervenções: o planeta está doente e quem sofrerá com isso seremos nós! Verificámos que em 48 horas passámos de temperaturas na ordem dos 27º para temperaturas abaixo dos 15º. Para além deste facto, estão a ocorrer verdadeiras tempestades invernais, com vento e chuva fortes (e até neve na Serra da Estrela), provocando inundações em várias cidades do continente, Braga inclusive.
Constatou-se a passagem directa para o Inverno, não sendo possível verificar a progressiva transição do Verão para o Outono. Cada vez mais, o mundo caminha para situações extremas a nível climático. Estamos a colher os frutos que plantámos em que a irresponsabilidade cai por inteiro no Homem que, antes de pensar, compreender e conceber, executa. Como tenho dito, é extremamente necessária uma reestruturação das políticas ambientais internacionais e uma alteração profunda no chamado Mercado de Carbono para restabelecermos o equilíbrio do nosso habitat e dos seus ecossistemas.
Por falar em tempestades, recentemente presenciei a tempestades de vigarices em torno da recolha de tampinhas para angariação de fundos para cadeiras de rodas. Como não podia deixar de ser, várias pessoas aproveitam-se da bondade de outras para seu próprio benefício. A isto apelido de burla humanitária inqualificável. Mais uma vez o “tuga” pôs em acção a sua “chico-espertice”, sem referenciar ninguém, existem empresas ou pessoas que detêm empresas recicladoras de plástico, que se aliam ou procedem mesmo à criação de associações de solidariedade social, de modo a comprarem o plástico referente às tampinhas a preços mais baratos (cerca de 90%)!
É por casos como este que a empresa que dirijo, a Braval, só se associa a este tipo de campanhas em casos muito concretos e em colaboração com entidades reconhecidas e não criadas apenas para este efeito.
Estas campanhas de tampinhas, perdoem-me a expressão, tornaram-se verdadeiros “monstros”, cada vez mais as pessoas separam as tampinhas mas não sabem muito bem para quê, nem para quem, quem as recebe também não sabe o que fazer com elas, há crianças que são, praticamente “coagidas” a levar tampinhas para a escola, como se fossem obrigadas a consumir imensas embalagens com tampinhas em casa… Mas se se perguntar o que se vai fazer com essas tampinhas, ninguém sabe… Para as empresas recicladoras é indiferente reciclar uma tonelada de tampinhas ou uma tonelada de garrafas de plástico, o material e a quantidade são os mesmos…
Assim, a Braval só recebe tampinhas em casos concretos, em colaboração com entidades reconhecidas, sabendo perfeitamente onde vai ser empregue o valor de contrapartida.
É a única forma de pôr cobro a este tipo de intrujices. Assim como o Planeta, as pessoas também não estão no seu melhor estado. O mundo está a ultrapassar uma enorme crise de valores. Já não há dignidade e seriedade. Aproveitam-se de pessoas fragilizadas com deficiências para lucrarem com isso…
Outro tipo de tempestades se avizinham, vão ser feitos cortes em sectores essenciais para a sociedade, como é a Educação e a Saúde. Agora pergunto: como poderemos constituir uma sociedade mais culta, capaz e saudável, se as condições estão, progressivamente, a ser deterioradas e a caminhar para a precariedade?
É injusto só alguns fazerem um grande sacrifício e outros nenhum. Haveria mais equidade pedindo esforço a todos para que todos façam menos esforços.
Tempos difíceis avizinham-se, no entanto, acredito piamente que com esforço, dedicação e muito trabalho, o país sairá desta situação de desconforto e brevemente encontrará um rumo próspero e favorável.
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