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Dia da Mulher, Dia de Luta

Maravilhas Humanas

Dia da Mulher, Dia de Luta

Ideias Políticas

2025-03-11 às 06h00

Inês Rodrigues Inês Rodrigues

No passado Sábado comemorou-se o Dia da Mulher, e milhares de mulheres saíram à rua. O dia foi comemorado como exigiam os 50 anos da primeira manifestação legal do dia da Mulher: em luta pela igualdade, mais direitos, justiça social e paz. Uma força que une numa luta para transformar foi o que se fez sentir em ruas por todo o país.
Mais de mil jovens subscreveram o apelo e outras tantas saíram à rua a exigir igualdade salarial, medidas sérias para combater a violência doméstica, contra o proxenetismo e a exploração do corpo da mulher, pela igualdade na lei e na vida, por mais apoios à maternidade, por uma rede de creches pública, pelo acesso gratuito a produtos de higiene feminina nas escolas e faculdades, pela efectivação da educação sexual nas escolas e pelo cumprimento dos direitos das mulheres.
A luta das mulheres é a luta pelos valores de Abril. 50 anos volvidos da Revolução, não esquecemos o que o fascismo significou para as mulheres deste país: o aborto era a terceira causa de morta materna, punível com penas de prisão iam até aos oito anos; mulheres casadas não podiam sair do país sem autorização do marido e 33,6% das mulheres eram analfabetas. Depois da Revolução deu-se um conjunto de conquistas na vida das mulheres que importa defender, aprofundar e fazer cumprir na vida de todas.
Importa defender o direito à interrupção voluntária da gravidez, com o aumento do prazo limite de dez para doze semanas, com o fim do “período de reflexão” e a criação de um registo nacional de objectores de consciência, aliás propostos pelo PCP no início do ano, com vista a garantir a todas as mulheres deste país o acesso a este direito.
Importa aprofundar os direitos reprodutivos e sexuais das mulheres, começando com a efectivação da educação sexual que ensine o consentimento, se debruce sobre a sexualidade e relações saudáveis; garantir que não há nenhuma rapariga sem meios para adquirir produtos de higiene feminina na escola e a comparticipação de métodos contraceptivos e o reforço de consultas de planeamento familiar.
Importa fazer cumprir a igualdade salarial entre homens e mulheres, quando na viragem do ano notamos que as mulheres recebem em média 16% a menos que os homens, Importa reforçar meios de direitos de parentalidade para que as mulheres possam equilibrar a vida profissional com a vida familiar, importa garantir 35 horas de trabalho semanal para todas.
Importa avançar. Com a política de direita andamos para trás. Por isso as mulheres sabem bem que se não lutarmos hoje pelos nossos direitos, como fizeram no passado, ninguém o fará por nós. É preciso dar mais força a esta luta e avançar, para que o futuro seja de igualdade, e não de injustiças.

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