A saúde escolar na prevenção e na inclusão
Voz aos Escritores
2024-07-12 às 06h00
Gosto do cheiro de um livro
bordado a papel.
Gosto das pausas na leitura
de um belo trecho
e encostá-lo contra o peito, fechado,
enquanto mastigo o que foi lido.
[…] Suaves deleites.
A leitura de um livro em suporte papel é como um exercício para o cérebro, pois quando lemos ativamos áreas importantes da mente, algo que não ocorre quando o estímulo é audiovisual. Enquanto cozinho ou arrumo a casa, por exemplo, gosto de ouvir música. Na realidade, não estou a prestar atenção plena ao texto. Agora quando leio o mesmo texto, o meu organismo prepara-se para absorver ao máximo cada palavra, cada frase.
Ler um livro antes de dormir, por exemplo, estimula a intensidade dos meus sonhos. Por isso, costumo dizer que devo tudo aos livros, até os sonhos. Os sonhos, por sua vez, são mais agradáveis e mais ricos. E, claro, os efeitos da leitura são percetíveis ao longo do dia, pois ajudam-me a pensar melhor.
Os livros lidos ajudam-me a celebrar o prazer da leitura. Livros que me fizeram estremecer quando notava que, vestida na pele das suas personagens e vivendo as suas histórias, era capaz de reações surpreendentes. Continuo a ser capaz de ver o quanto pode “pesar a cruz” do outro e perceber o quão difícil é ser perseguido pela cor da pele ou pela religião. Quando me envolvo de coração aberto numa história, passa a ser possível imaginar-me como seria nesses momentos de angústia. Abrem-se novas perspetivas e repenso as minhas escolhas. Sentir a dor do outro é uma grande forma de crescer. Para mim, os livros são fontes inesgotáveis de conhecimento, de aprendizagem e de inspiração. São como portais que me transportam para mundos desconhecidos, que me fazem questionar, refletir e ampliar a visão de mundo. Ajudam-me a ver para além do horizonte. Ensinam-me a pensar de forma crítica, a desenvolver a empatia e a contactar com diferentes realidades e experiências.
Graças aos livros, posso aprender qualquer assunto que me interesse, viajar sem sair do lugar, emocionar-me com personagens e histórias incríveis! Eles estimulam a minha criatividade e ajudam-me a encontrar respostas para questões intrigantes.
Recuando à infância, os livros de ficção eram escassos na pilheira do meu quarto, mas são verdadeiros tesouros que guardo com carinho na estante da minha alma. Sou imensamente grata pela inspiração que os livros me proporcionam. Eles são os meus melhores amigos e mentores, e devo-lhes muito do que sou, pois eles são garimpos autênticos de sabedoria, onde tenho encontrado tesouros que vão transformando a minha forma de pensar e enriquecendo a minha veia de escrita. Cada página é como uma pedra preciosa, lapidada pela criatividade de cada autor, pronta para ser descoberta e apreciada quando me aventuro na leitura. E que aventuras! Os livros têm-me levado a lugares distantes, permitindo-me conhecer personagens fascinantes e convidado a refletir sobre questões profundas da vida.
Devo aos livros esta vontade de escrever as minhas próprias aventuras e a fantasiar outras tantas. Como é bom viajar nas asas da fantasia e da imaginação!
“Frescas Raízes”, um conto de nossa autoria, baseado na ruralidade, chama a atenção pela sua simplicidade e profundidade, abordando temas como a infância, o campo, a amizade, os trabalhos manuais, e o verdadeiro significado da vida simples longe das grandes cidades. A história do menino que constrói o seu próprio carrinho de cortiça e viaja por diversos espaços de sonho é uma metáfora que nos faz refletir sobre as relações com os ambientes rurais. As referências aos usos e costumes tradicionais e, ainda, às brincadeiras das crianças longe das tecnologias modernas, são um apelo à criatividade e à imaginação dos mais novos.
Para os mais velhos é o reviver das experiências passadas e incentiva-os a um exercício de memória tão útil em idades mais avançadas, mais sujeitas a doenças degenerativas.
Pretende-se, assim, que contribua para a valorização pessoal e social dos cidadãos e possa tocar o coração de leitores de todas as idades.
17 Janeiro 2025
10 Janeiro 2025
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