Uma das dimensões mais importantes da Organização Escola é a participação coletiva de alunos e pais na mesma, embora haja sempre a perceção de que existe espaço para a mesma ser mais ativa e significativa, em particular no que concerne aos alunos.
Para os alunos – e, por vezes, mesmo para os pais -, o associativismo em contexto escolar constitui-se numa primeira experiencia de participação cívica ativa. E, também, de contacto com as dificuldades e frustrações que a mesma, muitas vezes, comporta. Aprender a lidar com o ganhar e perder em democracia, com a gestão de coletivos e respetivas tensões, com a diferença entre a ambição que se tem e a realidade que a obstaculiza, com a dificuldade na transmissão de mensagens e com todas as outras limitações e frustrações do processo democrático... Nas palavras bem conhecidas de Winston Churchill: "a democracia é o pior dos regimes, à exceção de todos os outros". Assim, é muitas vezes no associativismo escolar que ocorre a primeira reflexão e confronto com as virtudes e fraquezas do modelo que todos escolhemos para nos reger.

No Agrupamento de Escolas Alberto Sampaio, quer nas Associações de Estudantes, quer – e em particular! – nas Associações de Pais e Encarregados de Educação, temos tido a fortuna de nos depararmos com atores que souberam - e muito – fazer a diferença e ajudar o Agrupamento a ser um espaço melhor e de colaboração entre todos. A esses atores, o nosso profundo agradecimento!
A Democracia tem estado em plena ação – apesar da Pandemia – no AESAS: na passada sexta-feira decorreram as eleições para a Associação de Estudantes da ESAS (as da E.B. 23 de Nogueira também ocorrerão muito brevemente) e no passado dia 5 de dezembro tomou posse a Associação de Pais da Escola Secundária. E, um pouco por todas as Escolas do Agrupamento, têm vindo a decorrer eleições para as distintas Associações de Pais e Encarregados de Educação.

Têm sido eleições em regime diferente, com forte recurso às redes sociais e aos debates e assembleias em regime virtual. Ainda assim, eleições não menos participadas ou legítimas! Será interessante, no entanto, um dia estudar se o diferente contexto que vivemos e a forma como foram condicionadas pelo mesmo as campanhas eleitorais poderão ter afetado os respetivos resultados…
Esta realidade vivida na escola é uma realidade que também, certamente, irá afetar o próximo ato eleitoral nacional. Basta confrontar o eventual medo de uns em sair para votar no próximo dia 24, com o eventual muito maior número de outros que estão a viver ativamente estas eleições, por força de uma maior atenção às notícias na televisão e nas plataformas digitais, quer pela obrigação do acompanhamento da realidade pandémica, quer pelo confinamento em casa. E, se estiver bom tempo, ainda a oportunidade de ter uma boa desculpa para sair de casa no dia das eleições…

Mas no nosso Agrupamento, outro importante momento democrático, para pais e alunos, também se avizinha: encontra-se aberto o processo eleitoral para a sua representação no Conselho Geral, órgão máximo da democracia possível e da intervenção dos atores da comunidade local na direção do Agrupamento. A Democracia e a necessidade da participação cívica não param!
No final de um ano que, não deixando saudades a ninguém, também se revelou como um espaço de entrega, união e superação de muitos - alunos, pais, professores, pessoal não docente e demais atores da comunidade -, o nosso agradecimento a todos e votos de um Muito Melhor 2021!