Os amigos de Mariana (1ª parte)
Ideias
2016-10-05 às 06h00
Há pouco mais de um ano foi implementada a taxa sobre os sacos de plástico leves, passado este tempo podemos dizer que objetivo principal foi atingido: a diminuição do consumo de sacos plástico leves. É latente esta diminuição, no Ecoparque Braval, já são poucos os sacos desse tipo que aparecem com resíduos.
No entanto, é lamentável verificar que outra situação, resultante também de uma medida governamental, e para a qual tanto alertei, também se tem vindo a verificar, cada vez com mais frequência: as descargas ilegais de resíduos industriais banais (entulhos, têxteis, entre outros resíduos indiferenciados), junto aos ecopontos e noutros locais mais ermos, em virtude da obrigação de descarga destes resíduos em aterros privados, a dezenas de quilómetros.
Afinal, estamos a regredir!
A imagem junto a contentores e ecopontos, principalmente os que têm espaço para as viaturas pararem junto a eles, é lamentável: resíduos de construção e demolição, todo o tipo de entulho rodeia os ecopontos, prejudicando a sua utilização e causando inúmeros incómodos à população que reside perto. Ou seja, tal como vaticinei há alguns anos, estamos a voltar à existência de microlixeiras ilegais.
Muitas vezes, estes resíduos são até depositados no interior dos ecopontos, contaminando os resíduos recicláveis que estavam no seu interior, com todos os constrangimentos que isso causa.
Por outro lado, estas situações também obrigam a trabalhos extraordinários dos serviços de recolha de resíduos indiferenciados, devido à necessidade de limpeza extraordinária desses locais.
Será necessária maior fiscalização e não é só na nossa área geográfica, mas também noutros sistemas porque infelizmente é comum ver em todos os montes e montanhas da região norte, resíduos de construção e demolição, formando pequenas lixeiras a céu aberto.
Não sou contra a existência de empresas privadas a operar neste setor, em livre concorrência, mas quando se obriga os produtores de resíduos a depositá-los nestes locais, na maior parte dos casos, tendo de percorrer longas distâncias e pagar tarifas mais elevadas, os nossos pequenos empresários não aguentam as despesas e arranjam estas soluções “alternativas”.
Claro que estas situações resultam da falta de civismo mas, por mais sensibilização que se faça, há que disponibilizar um local com custos de deposição acessíveis e dentro da sua área geográfica. Enquanto isso não acontece, resta-nos sensibilizar a população para que não depositem estes resíduos junto aos ecopontos e noutros locais.
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