À medida que se aproximam as autárquicas de 2025, é crucial que os bracarenses reflitam sobre os últimos dez anos de governação do município. Este é um momento de balanço, onde se torna imperativo analisar com rigor o que foi feito, mas, sobretudo, aquilo que ficou por fazer.
Sob a liderança de Ricardo Rio, o PSD assumiu a Câmara Municipal de Braga em 2013 com promessas ambiciosas de transformação e desenvolvimento. No entanto, a realidade que enfrentamos hoje é marcada por uma série de adiamentos e omissões que não podem ser ignorados. À medida que a Coligação Juntos por Braga tenta manter o poder, quiçá anexando um novo parceiro, cabe-nos recordar aos bracarenses que o tempo das promessas vazias chegou ao fim.
A governação da coligação tem sido caracterizada por uma abordagem muitas vezes mais preocupada com a imagem do que com a substância. Várias promessas, que deveriam ter trazido melhorias tangíveis à vida dos bracarenses, foram deixadas de lado ou adiadas indefinidamente. Esta gestão tem sido marcada por uma falta de visão a longo prazo, com foco em projetos de visibilidade imediata, mas sem impacto sustentável no futuro da cidade.
Com as autárquicas de 2025 no horizonte, temos a responsabilidade de trazer estas questões para o centro do debate. Não podemos permitir mais doze anos de inação e adiamentos, comprometendo o futuro da nossa cidade. Os bracarenses merecem uma liderança que priorize o bem-estar coletivo e que tenha a coragem de enfrentar os desafios estruturais da cidade. Uma liderança que promova a habitação acessível, que enfrente de forma decisiva os problemas de mobilidade e que proteja o ambiente de forma sustentável em vez de os esconder sob promessas de campanha.
De hoje a 12 meses teremos burburinho na cidade. Já teremos outdoors, os rostos já estarão lançados e as iniciativas de campanha vão marcar a agenda do dia a dia. Ao longo dos próximos meses, a cidade precisará de uma resposta: a resposta às promessas falhadas da gestão da Coligação Juntos por Braga e resposta aos problemas que se adensam diariamente e continuam sem ação. Esta será uma radiografia essencial para entender como chegámos a este ponto e o que é necessário para inverter este caminho.
Então aguardemos e construamos, democraticamente, o caminho necessário para Braga. O ciclo autárquico é por excelência um ciclo de debate construtivo e em proximidade, em que todos os cidadãos se sentem mais motivados na escolha e na construção das alternativas que entendem como sendo capazes de corporizar os seus anseios. Serão 12 meses de muita atividade e, cá estaremos, para construir, debater e agitar.