Correio do Minho

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Carta Aberta ao ano de 2023

‘Spoofing’ e a Vulnerabilidade das Comunicações

Voz à Saúde

2023-01-14 às 06h00

Humberto Domingues Humberto Domingues

Caro ano 2023, sei que ainda estás numa idade pueril, mas os dias passam depressa, chegam as semanas, que perfazem os meses. E o tempo passa tão rápido, como todos sabemos! Por isso te escrevo esta “carta aberta” e, a torno pública, com alguns assuntos que gostava de ver tratados, mitigados ou resolvidos.
Que este clima de guerra entre a Rússia e a Ucrânia e interesses, uns mais claros, outros mais obscuros e invisíveis à maior parte dos Cidadãos, se dissipe, e haja lugar à paz e se poupem vidas humanas, atropelos aos direitos humanos, violações de mulheres e crianças e libertação da escravatura e não aos massacres de povos indefesos.
Quanto ao nosso País, começaria:
Que Sua Excelência o Presidente da República, Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa, cumpra e faça cumprir a Constituição da República e seja o mais alto cargo da Magistratura Portuguesa e Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, em que os Portugueses possam continuar a confiar. Não quero um Presidente cúmplice dos desvarios do Governo, dando cobertura a uma maioria absoluta em decadência e ruinosa para Portugal. Um Presidente que deixe de ser comentador de futebol e mensageiro do Governo à Nação, num desgaste de imagem permanente e, que quando tem que falar ao País de coisas sérias, seja ouvido com o cuidado que deve ser, precisamente, e não por falar e comentar de tudo e de todos.
Percebemos a amálgama, disputa e descoordenação que vai no Governo de António Costa, mas desejamos estabilidade, que o Primeiro-Ministro governe, coordene o seu governo e esteja atento ao País. Sinta o pulsar do Portugal profundo e verdadeiro. O seu governo quase parece o big brother, porque cada sema-na/mês sai um membro do governo. Pedimos ao Sr. Primeiro-Ministro que não pense nem governe poucochinho, muito menos que nivele por baixo. Queremos e desejamos ambição, nivelamento responsável por cima, e sair do pelotão dos pobres da EU, em que temos vindo a cair no pelotão de trás. Portugal já é pobre e está a empobrecer ainda mais! Que o governo desta maioria absoluta ganhe maturidade e, efectivamente, governe o País e não, os interesses dos governantes e do Partido do Governo. Porque a guerra e a pandemia, não justificam tudo. Os outros países da Europa também vivem/viveram com estes males e estão com uma economia em crescendo. Há coisas “raríssimas” a acontecer com esta maioria socialista!
Que a inflação estabilize e não faça/provoque a perda de poder de compra dos Portugueses, nem “coma mais”, os baixos aumentos de salários que acontecem, porque aí com a inflação no 8 a 10%, já efectivamente, temos todos perdido poder de compra nestes últimos meses.
Na Saúde, e aqui, mais que pela igualdade, mais que pela justiça, que haja equidade no acesso dos cidadãos aos serviços e cuidados de saúde. Que os bebés passem a poder nascer na terra onde os seus Pais quiserem.
Noutra dimensão, é tempo, muito tempo já, de o Governo resolver grande parte dos problemas existentes com os Recursos Humanos da Saúde, com caracter de urgência, aos Profissionais das “Carreiras Especiais”, nomeadamente aos Enfermeiros. Julgo que Governo e Assembleia da República, estão desfocados da realidade, por isso se permitem desigualdades gritantes. Ainda na semana passada, a Assembleia da República permitiu-se discutir uma petição e recusar a igualdade dos enfermeiros em contrato de trabalho em funções públicas e os enfermeiros em contrato individual de trabalho. Depois acontece a “sangria” de Enfermeiros para o estrangeiro. Segundo a Ordem dos Enfermeiros “mais de 3000 Enfermeiros saíram de Portugal desde o início da pandemia”.
No fundo, nos pilares essenciais de uma democracia e de um País desenvolvido – Saúde, Educação. Justiça e Segurança Social – possam ser desenvolvidas políticas que beneficiem e protejam as Famílias, fixem os Cidadãos no seu País e haja prespectiva de um bom futuro para os Jovens, com a vida mais desafogada para os Idosos e Classe Média, que com este socialismo de pacotilha e esta avassaladora carga fiscal, tende a desaparecer.
Que haja um repensar cuidadoso, mas mais exigente na atribuição do “Rendimento Social de Inserção-RSI”, para que não se gastem fortunas abissais, todos os meses, para manter vícios de quem não quer e pode trabalhar e de quem nada dá em troco à Sociedade que desconta e lhe paga tão chorudos subsídios mensais. Há pessoas e famílias dependentes destes subsídios, há anos! Se o Povo soubesse quanto se gasta mensalmente nestes RSI’s, havia uma revolução. E tantos idosos, que ao fim de uma vida de trabalho e descontos, recebem umas míseras reformas!
Caro Ano de 2023, sei que posso estar a pedir muito, mas todos nós precisamos de um cheque de 450€ mensais para o Uber, nas nossas deslocações para o trabalho. E vamos precisando também, de uma indemnizaçãozinha extra de 500.000€ para equilibrar as nossas despesas e encargos, porque afinal, contribuímos tanto para os cofres do Estado e da sobrevivência da TAP, também.
Ficamos a aguardar que com o compaginar destas semanas e meses, no final deste teu mandato de 2023, possamos fazer um balanço positivo de tudo o que se viveu. Acima de tudo, que não faltem Enfermeiros e Médicos nos Centros de Saúde e Hospitais. Que não faltem Professores nas Escolas. Que haja mais Juízes para diminuir a morosidade da Justiça e que na Segurança Social, todo o dinheiro arrecadado seja bem gerido, para não faltar às reformas, de todos os que para lá contribuem, e não é pouco!

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