Correio do Minho

Braga, terça-feira

- +

Cancro do Pulmão – de que morrem os portugueses

A responsabilidade de todos

Voz à Saúde

2018-12-11 às 06h00

Joana Afonso Joana Afonso

O Cancro do Pulmão é a doença oncológica que mais mata no nosso país, sendo responsável pela perda da vida de 12 portugueses a cada dia que passa. Este número totaliza 20% de todas as mortes registadas no contexto de cancro.
O Cancro do Pulmão tem origem na transformação de células saudáveis que revestem toda a árvore respiratória, responsável pela passagem do ar e trocas gasosas, vitais para a sobrevivência do ser humano.
Oito em cada dez casos deste cancro estão relacionados com o consumo de tabaco, sendo este o principal fator de risco. A quantidade de cigarros fumados, bem como a duração de anos de consumo influenciam, diretamente, o aparecimento da doença. Saiba que pode procurar ajuda no seu Médico de Família se tiver o desejo de deixar de fumar ou, pelo menos, reduzir a carga do consumo, sendo esta, uma das formas mais eficazes de prevenir o aparecimento do Cancro do Pulmão. Adicionalmente, a idade também se apresenta como um fator de risco, sendo que se regista uma maior incidência da doença entre os 70 a 74 anos. A exposição a outros agentes potencialmente cancerígenos como arsénio, asbestos, crómio, níquel, radão ou hidrocarbonetos, entre outros, também poderá ter um impacto negativo.

De salientar que, os sintomas deste cancro não são exclusivos da doença e, numa fase inicial, podem mesmo nem estar presentes, o que pode, frequentemente, ser responsável por uma desvalorização do quadro, arrastando o diagnóstico para estádios da doença mais avançados. 50% dos casos diagnosticados encontram-se num estádio avançado apresentando metástases em diversas partes do corpo. Assim, deverá ter especial atenção nos quadros de: infeção respiratória que teima em não passar, nem responder a diferentes tipos de tratamento; cansaço; dor recorrente no peito que agrava com os movimentos da respiração; falta de ar para esforços progressivamente menores; tosse seca persistente que, mais tarde, pode chegar a apresentar sangue; perda de apetite e de peso de forma não intencional. Em caso de dúvida, não hesite em procurar o seu Médico Assistente, pois ele saberá como o orientar.

O diagnóstico poderá iniciar-se através de uma imagem radiológica (radiografia ou tomografia axial computorizada - “TAC”), mas a determinação definitiva deverá passar pela realização de uma biópsia das alterações consideradas suspeitas, servindo também para uma maior caracterização do subtipo de cancro e, por conseguinte, de uma melhor determinação do tratamento a seguir.
O tratamento deverá ser individualizado de acordo como subtipo de cancro, o grau de evolução da doença, as características do doente, entre outros fatores, podendo passar pela necessidade de realização de uma cirurgia, de recorrer a tratamentos de quimioterapia e/ou radioterapia ou ao uso de novos fármacos que modulam o sistema imunitário de uma forma altamente específica.
Esteja atento aos sintomas, deixe de fumar, procure ajuda e faça a diferença.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua saúde!

Deixa o teu comentário

Usamos cookies para melhorar a experiência de navegação no nosso website. Ao continuar está a aceitar a política de cookies.

Registe-se ou faça login Seta perfil

Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.




A 1ª página é sua personalize-a Seta menu

Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.

Continuará a ver as manchetes com maior destaque.

Bem-vindo ao Correio do Minho
Permita anúncios no nosso website

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios.
Utilizamos a publicidade para ajudar a financiar o nosso website.

Permitir anúncios na Antena Minho