Mais e melhor Futsal VII
Ideias
2024-07-26 às 06h00
Vai ser apresentado na próxima quinta-feira, pelas 18 horas (estou a escrever na segunda-feira), em Braga, no Palácio do Raio um livro intitulado Misericórdias na Construção do Estado Social: Oportunidades, Mérito e Futuro, da autoria de António Tavares e Rita Proença, respetivamente provedor e quadro superior da Santa Casa da Misericórdia do Porto.
Nascidas no final do século XV, rapidamente se espalharam por todo o país, sendo, durante séculos, responsáveis pela assistência na saúde em Portugal. Tanto mais que o Estado Social só começa a desenhar-se na Europa nos finais do século XIX, sendo que as primeiras medidas de caráter social somente ocorreram em Portugal em meados do século XX, representando o 25 de Abril de 1974 a verdadeira data do começo da construção do Estado Social. Com a criação do Serviço Nacional de Saúde, os hospitais das misericórdias foram nacionalizados e integrados na rede do SNS.
Como reagiram as misericórdias à estatização da prestação dos cuidados de saúde?
Avançaram para a prestação de serviços orientados para as crianças e idosos, suprindo a falta de atuação do Estado. Entretanto, algumas misericórdias readquiriram os antigos hospitais, transfor- mando-os em unidades de referência a nível local, como é o caso de Vila Verde e da Póvoa de Lanhoso. Outras construíram hospitais de raiz, como é exemplo o Hospital da Prelada , pertencente à Santa Casa da Misericórdia do Porto.
Entretanto, nos finais do século XX, o Estado Social entra em crise, defendendo os setores mais liberais a entrega ao setor privado das funções sociais do Estado
Tendo em conta este contexto, os autores deste importante livro colocam as seguintes questões:
“Para onde vão as misericórdias? Quais os desafios e oportunidades? De que maneira podem responder ao crescimento da procura de serviços sociais e de saú- de e, simultaneamente, garantirem a sua sobrevivência, em termos financeiros? E de que forma se podem adaptar à pressão das novas tecnologias, da inteligência artificial e de transformação digital?”
Depois de caraterizarem com muito rigor a rede das misericórdias ativas em Portugal (um conjunto de 387), os autores recorrem à teoria da ambidextridade para explicar o comportamento que estas organizações devem adotar no futuro para saírem ganhadoras.
A nova estratégia supõe um conjunto de competências que permite às organizações realizarem simultaneamente duas atividades contraditórias: a eficiência e a inovação. E, se a eficiência implica a melhoria contínua, a inovação está associada a novos conceitos, como a gestão estratégica, adoção de novos modelos de negócio e transformação digital.
Será que as misericórdias vão vencer este desafio?
Estamos convencidos que sim, tanto mais que têm uma experiência secular em lidar com novos desafios, transformando-os em oportunidades. Mas, o novo contexto supõe uma transformação profunda que passa necessariamente pelo aumento de capacitação, a qual implica o desenvolvimento de competências, promoção da cultura organizacional que valorize os processos de aprendizagem e aprendizagem adaptativa.
Os autores militam com aqueles que vêm oportunidades no atual contexto social e económico.
Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.
Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.
Continuará a ver as manchetes com maior destaque.
Faça login para uma melhor experiência no site Correio do Minho. O Correio do Minho tem mais a oferecer quando efectuar o login da sua conta.
Se ainda não é um utilizador do Correio do Minho:
RegistoRegiste-se gratuitamente no "Correio Do Minho online" para poder desfrutar de todas as potencialidades do site!
Se já é um utilizador do Correio do Minho:
LoginSe esqueceu da palavra-passe de acesso, introduza o endereço de e-mail que escolheu no registo e clique em "Recuperar".
Receberá uma mensagem de e-mail com as instruções para criar uma nova palavra-passe. Poderá alterá-la posteriormente na sua área de utilizador.
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos.
Deixa o teu comentário