Investir na Juventude: o exemplo de Braga e desafios futuros
Ideias
2012-02-17 às 06h00
Vimos sendo confrontados com sucessivos e variados “apagões”, e de efeitos muito mais perversos que os do ocorrido há anos devido a uma cegonha nas linhas de alta tensão, como então se fez saber.
Aliás os actuais “apagões” sucedem-se com inesperada frequência, ainda que uns mais ou menos esperados e outros nem tanto, importando desde já referir o que vem ocorrendo e se vai de todo generalizar e concretizar com a passsagem da TV analógica para a TV digital, acarretando incómodos e despesas para quem já vive com graves dificuldades económicas, muitas das vezes no desertificado e isolado de certas regiões e a suportar a solidão da velhice no vazio de suas casa e vida. Na verdade são muitos e muitos os idosos para quem a televisão é a única companhia na triste solidão da velhice, quebrando o deserto de suas estafadas vidas. Idosos, aliás, cujas “pornográficas” reformas (?!) e apoios sociais já foram objecto de um não menos doloroso “apagão”.
Estamos numa bancarrota em que pontificam falências, insolvências, alastra o desemprego e vem vingando toda uma insegurança social e uma incontornável falta de dinheiro, e corre-se o risco de um “apagão” total com consequências imprevisíveis e muito perversas. Como a CGTP passou a ter um dirigente muito mais “assanhado” e controlador é de se prever um maior “apagão” num quadro de relações laborais, de paz e acalmia social e todo um crescer das convulsões sociais. E porque há muitos sindicalistas e políticos ditos de esquerda, vanguardistas e radicais, sempre a vociferar contra a troika, o governo, os aumentos nos impostos e meios de transporte, os cortes nas regalias e a vivência do Estado social, legitimamente nos interrogamos, séria e preocupadamente, o que ocorrerá no amanhã , se se fechar a torneira do crédito e o Governo ficar sem dinheiro para os pensionistas, funcionários, militares, polícias, magistrados, autarcas, deputados, etc. e para as demais despesas da governação.
Seria inquestionável acontecer então um brutal “apagão” do país como nação independente em termos de vida, cultura e autonomia, e de efeitos muito perversos e gravosos num quadro de paz, tranquilidade e segurança social. Com deputados, militares, políticos, funcionários e muitos outros a alinhar e a engrossar o coro dos descontentes ao verem seus lugares, cargos e vidas em risco, até de subsistência, e a sofrerem nos bolsos os nefastos efeitos da falta de dinheiro, de emprego e de trabalho.
Sem dúvida que muitos perderiam o sorriso sardónico e trocista exibido no Parlamento, outros ficariam “surdos ” aos apelos de luta na rua e às palavras de ordem sindicalistas, cada um a tentar desunhar-se o melhor possível, pois tal “apagão” iria afectar partidos, benesses políticas, lugares de enchimento e o “escorrrer” dos dinheiros com que se ia vivendo. Daí de todo impor-se sensatez, inteligência, consciência das realidades, coragem, verdade, e poupança, etc.. E mais trabalho e menos conversa!
Outro “apagão”, e impressionante, foi o de 111 mil crianças num ano, como verificou a autoridade tributária, “sendo que uma boa parte destas servia para reduzir a factura do IRS da família “ (JN, 24.1.12), sendo que “enquanto am 2009 as famílias declararam ter 2 173 270 dependentes a seu cargo, um ano depois (...) a quantidade de dependentes baixou para 2 061 882” (id.). E tudo isto por ter sido exigido o número de identificação fiscal de cada um na declaração do IRS.
Aliás um “apagão” com raízes no habitual chico-espertismo dos portugueses e na usual fuga aos impostos, lesando o Estado e prejudicando os cidadãos cumpridores.
Mas muito mais personalizado, e com graves e perversas repercussões a nível nacional, foi o “apagão” de Cavaco na sua imagem de primeira figura da Nação, denotando insensatez e falta de tento na língua e de respeito pela maioria dos cidadãos ao dizer, num insólito e ridículo “queixume”, que “as reformas não chegam para as minhas despesas”. Daí muito naturalmente os títulos, as manchetes, os comentários, os blogues, as piadas e a chacota na NET numa envolvência ridícula e constrangedora da própria figura e imagem dum presidente da república, o que aliás explica o título “Cavaco está falido”, exarado no“i”, aliás reflectindo o lamento “solto” a respeito dos cortes, quando, como se escreve, “em 2011 recebeu 140 mil euros de pensões”.
Aliás a generalidade dos cidadãos já vem sofrendo com os cortes havidos em pensões, direitos sociais e fiscais e vive com dificuldades devido aos aumentos nos transportes, Iva, taxa moderadora, desemprego, etc., e, ao que se apurou, “o presidente ganhará actualmente qualquer coisa a rondar os 10 mil euros brutos”(Alfredo Leite, JN, 21.1.12). E muitos dos cidadãos têm pensões “pornograficamente minorcas”, quando as têm, estando ainda a braços com a renda ou prestação da casa, os remédios, outros débitos e encargos, etc., e sem as mordomias, “ajudas” e as pensões do presidente.
Cavaco, que nem sequer fala quando até o devia fazer, fê-lo de uma forma infeliz e triste e meteu a pata na poça, como diz o povo, ofendendo milhões de concidadãos. Com um incontornável “apagão” da imagem a ponto de ter valimento o conselho de Marcelo aos que, devendo estar calados, falam demais : uma estadia por uns tempos nos frades Cartuxos, em contemplação, isolamento, silêncio e penitência.
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