Correio do Minho

Braga, quinta-feira

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Ainda ‘Os Galardões A Nossa Terra’

Poesia e Inovação

Voz às Escolas

2015-05-18 às 06h00

Maria da Graça Moura Maria da Graça Moura

Há pouco tempo entregues os Galardões 2015, é oportuna uma nota sobre o acontecimento. O prémio atribuído ao Agrupamento de Escolas André Soares é resultado do envolvimento, empenho, dedicação, trabalho e esforço de tantos professores, assistentes técnicos e operacionais, alunos, pais/encarregados de educação, autarquia e entidades parceiras no desenvolvimento de projetos e atividades. Enfim, uma enorme comunidade bracarense que garante a boa formação dos seus filhos, aquela a quem pertence este Galardão!

A escola é, sem dúvida, o lugar mais marcante no percurso de uma vida! A par da educação familiar a escola determina, tantas vezes, o caminho do futuro!
A escola é a fiel depositária das esperanças de um mundo melhor, mais justo, menos desigual e mais solidário. E, neste âmbito, vale a pena realçar a vida de uma protagonista da noite de Galardões!

Rita Martins, uma jovem bracarense, licenciada em psicologia, é o melhor exemplo de que ser solidário é sinónimo de liberdade, de compromisso e de esperança. “Arregaçou as mangas” e partiu para África com uma mala cheia de sonhos, confiança, determinação, coragem, humildade e altruísmo. Fundou em Nairobi o projeto humanitário “Hodi Kibera” que idealizou, deu forma e implementou com a sua marca de identidade.

No Quénia, habitado por milhões de pessoas, existem tantas crianças órfãs e vulneráveis que se encontram em situação de risco, em grande parte devido à pandemia da SIDA que assolou o país durante os anos 90. Estas crianças vivem em condições de extrema pobreza, vagueando e mendigando pelas ruas de bairros de lata infetados e perigosos. Estima-se que, só em Nairobi, existam mais de 300.000 crianças de rua. Estas crianças são, na sua maioria, órfãs ou abandonadas.

Não têm casa, não têm família, não vão à escola nem ao médico quanto estão doentes. Esta é a realidade quotidiana destas crianças. Entre a luta do sofrimento diário e a esperança de conquistarem alguma dignidade, esta jovem viu no voluntariado um espaço de enriquecimento humanizante que a fez repensar no seu projeto de vida, escolhendo como atividade primeira dedicar-se à construção do novo humanismo.

O voluntariado de proximidade, vivido desta forma, assenta na combinação perfeita de altruísmo com cidadania. Quem se dedica a causas de interesse social e comunitário, deseja “de alma e coração” contribuir para que as desigualdades sejam atenuadas e que a dignidade humana seja respeitada nas suas diversas dimensões.
O futuro está no jovem consciente, voluntário e protagonista.

Nesta perspetiva, podemos afirmar que o voluntário pode ser um agente propulsor da cidadania ativa e da transformação da sociedade. E, se a humanidade ainda não inventou melhor mecanismo de inclusão social que a educação, é socialmente necessário e pedagogicamente rico promover nas escolas o voluntariado jovem, de modo a munir os alunos de competências que os ajudem a serem capazes de inventar a desejável mudança.
Bem hajas Rita!
És uma referência que engrandece qualquer escola onde aprendeste a ler, a escrever e a contar! E a transformar!

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