Uma eleição, dois caminhos para Portugal
Voz às Escolas
2019-01-28 às 06h00
Flexibilidade é a palavra do dia! Flexibilidade e autonomia curricular. E para quê? Para que a escola não deixe de fazer sentido, para que seja o lugar de todos, onde ninguém se sinta excluído e onde os princípios universais sejam incorporados, adotados e assumidos como invioláveis.
Num tempo de acesso ilimitado e incontrolado à informação, à boa e à má informação, aguarda-nos uma forte missão – formar seres humanos com tais competências que sejam o garante da sua felicidade no futuro, que sejam o garante das suas escolhas de vida, competências dos cidadãos do século XXI.
Desenvolver o currículo é assumido como uma tarefa não isolada. O currículo deve complementar-se e reforçar-se, num modelo de escolaridade orientado para a aprendizagem dos alunos que visa, simultaneamente, a qualificação individual e a cidadania democrática.
Um cidadão dotado de literacia cultural, científica e tecnológica; livre, autónomo, responsável e consciente de si próprio e do mundo que o rodeia; capaz de lidar com a mudança e a incerteza num mundo em rápida transformação; que reconheça a importância e o desafio oferecido pelas Artes, a Ciência e Tecnologia para a sustentabilidade social, cultural, económica e ambiental de Portugal e do mundo; apto a continuar a sua aprendizagem ao longo da vida; que conheça e respeite os princípios fundamentais da sociedade democrática; que valorize o respeito pela dignidade humana, pelo exercício da cidadania plena, pela solidariedade com os outros, pela diversidade cultural e pelo debate democrático; que rejeite todas as formas de discriminação e de exclusão social (Perfil dos Alunos do Séc. XXI).
Uma escola que não rume neste sentido, uma sala de aula onde se desenvolva o currículo sem ter em conta os valores que devem pautar a cultura da escola, não tem espaço no mundo atual. A integridade e responsabilidade, a exigência e excelência, a curiosidade, cultura e inovação, a cidadania e participação são os valores que todos os alunos devem ser encorajados a pôr em prática.
No Agrupamento André Soares trilhamos caminho. Ser escola assim, com sentido, é uma tarefa cada vez mais árdua no tempo da informação descontrolada, ditada pelas redes sociais como se se tratasse de uma fonte credível de conhecimento. Ditada pela informação depois da informação e esta depois dos factos.
Procuramos estratégias de promoção de hábitos de discussão democrática. Foi assim, mais uma vez, no dia 15 de janeiro. Demos a voz aos alunos. Deixamos livres as suas ideias, a sua visão da escola, do que o aluno entende e pretende como sendo melhor para a sua felicidade, para o seu crescimento harmonioso.
Organizados de forma diferente da rotina diária, os alunos foram impelidos a participar, a dar a sua opinião sobre a escola e as suas práticas, e a opinar sobre a melhor intervenção. E o resultado não poderia ser diferente. A voz dos alunos é rica em ideias, em novas formas de fazer para ir ao encontro do que sabem ser democrático, ao encontro dos seus direitos. Conscientes dos seus deveres, sabem quais as opções certas para uma melhor escola.
E, se a principal preocupação de hoje é como fazer uma escola onde os alunos sejam os protagonistas mais interessados, então basta dar-lhes espaço e as suas ideias serão uma grande ajuda.
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